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João Vinicius dos Santos Dias e Jaqueline FerreiraNesta perspectiva algumas críticas são feitas.Valla (1999), por exemplo, aponta a necessidadeimprescindível de um exercício crítico aponta sobre aambiguidade na avaliação das propostas de educaçãopopular. Segundo o autor, se por um lado as mesmaspodem ser vistas como formas de organização e politizaçãoda população incitando a mobilizações frente àineficácia de políticas públicas e inoperância do Estado,de outro podem ser consideradas como formas de substituiro Estado desresponsabilizando-o de suas atribuiçõese pactuando com a redução de gastos e investimentos naspolíticas públicas sociais.Numa conjuntura histórica, política e econômica ondea lógica do direito passa cada vez mais a ser substituída pelalógica da assistência social e pela regulação do mercado.Há de se atentar para o risco de que a expansão da esferaprivada no campo da responsabilidade do Estado altere otratamento político das necessidades sociais.A visão de carência tanto física como moral da populaçãopobre, ainda hoje sobrevive e se manifesta na grande maioriados programas compensatórios desenvolvidos em favelas. Noentanto, como aponta Vasconcelos (2001b) ainda são poucos osestudos a respeito de como as classes populares estão entendendo,elaborando e se apropriando das mensagens e saberestransmitidos nas ações oficiais de saúde (Vasconcelos, 2001b)Devemos pensar a educação como processo contínuo, permanentenas trajetórias de vida dos sujeitos, indo além da pedagogiaclássica, mas estando presente nas pequenas dimensões docotidiano, no processo de apreensão e ressignificação do mundo,portanto, processo ativo de construção e desconstrução onde o sujeitoa todo tempo imprime seu olhar à realidade transformando-ade acordo com sua história.Nota: As opiniões expressas neste artigo são da inteira responsabilidadedo(a) autor(a).Referências BibliográficasBRASIL. Caderno de educação popular e saúde. Ministério da Saúde,Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoioà Gestão Participativa. - Brasília: Ministério da Saúde, 2007.BRESCIANI, M. E. Londres e Paris no século XIX. O espetáculo da pobreza,São Paulo, Brasiliense, 1982.128