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Carla Ladeirarefere como barreiras à participação na educação, oscustos directos com a educação, a existência de outrasprioridades para as famílias pobres, tradições e cultura,impacto da violência e abuso nas escolas, a qualidadeda educação e a falta de professores que na generalidadetêm turmas muito numerosas.A questão linguística é outra barreira na aprendizagem,pois não existindo uma rede de educação pré-escolar,as crianças têm, na sua maioria, o primeiro contacto coma Língua Oficial, na entrada para a escola primária. Todasestas questões pesam numa balança desequilibrada quegera barreiras à plena realização dos direitos fundamentaisa 10 milhões de crianças moçambicanas.Os dados de 2006 para o ensino superior, apontam16860 alunos matriculados em cursos superiores públicos daárea da educação, dos quais 5625 seriam mulheres e 530 eminstituições privados, dos quais 165 mulheres (MEC, 2006).Num contexto de pluralidade linguística, a Língua assumeuma promíscua relação com a cultura e a história do país.Para Vygotsky “o desenvolvimento psicológico dos homensé parte do desenvolvimento histórico geral da espécie e assimdeve ser entendido”. Vygotski (1998), estudou a linguagemenquanto função psíquica superior, que é primeiramente social,resultado da relação entre as pessoas (criança e os adultos),para depois ser interiorizada, como resultado da ação do próprioindivíduo, transformando-se num instrumento regulador do comportamento.Igualmente, para Marková & Foppa (1990), a linguagem éresultado de um sistema simbólico, concebido como mediador dastrocas do sujeito com o mundo social e físico que o envolve. Este sistemade mediação simbólica (Mead, 1934; Vygotsky, 1978; Vygotsky& Luria, 1994), que resultou da história cultural da humanidade,constitui o sujeito psicológico humano.A análise sócio cultural indica-nos que o bem-estar é afectadopela qualidade da ligação estabelecida com os outros, onde a evoluçãohumana privilegiou o estabelecimento de laços humanos fortes. Estaligação é determinante, não apenas pela sensação de bem-estar queproporciona, mas acima de tudo porque contribui para sentimentos de(in)segurança em crianças com vivências de solidão ou abandono. Nestascondições, estão mais susceptíveis a uma regulação deficiente com umacognição social distorcida, que os torna menos aptos para reconhecer as80

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