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Primeira infância em Moçambique, constatações e desafiosferramentas de sobrevivência. Assim se valorizam asemoções na primeira infância, pois elas conseguemde facto exercer efeitos fisiológicos profundos, comoexplica Antonio Damásio.Sabemos que uma lógica evolucionista, atravésde mecanismos de selecção natural, conferiu aos bebéscaracterísticas faciais e vocais apelativas, promovendo aconexão social e garantindo a proximidade de cuidadoresnessa fase de vulnerabilidade e dependência da vida humana.A reprodução genética depende da sobrevivênciadas crias, assegurada pelos cuidadores. Na presença deuma deficiência física à nascença, todo este laço e mecanismoauto programado fica abalado e em perigo. É portantode suma necessidade um apoio externo que ajude estespais/cuidadores a reajustar as suas reacções e padrões derelação, de modo a transmitirem sensação de protecção eestabelecerem um vínculo securizante com a criança.Uma análise macrossistêmica revela a necessidadede se repensarem os mecanismos de protecção social, mastambém os serviços de saúde e educação para a primeira infância.Um sistema sem recursos ao nível da rede de serviços,infraestruturas, materiais e qualificações técnicas agrava aindamais a situação, quer social, quer na medida da esperança desobrevivência e integração social destas crianças.Analisando as expectativas que a nação coloca para queas novas gerações conduzam o país a um futuro promissor, percebemosque é necessário intensificar medidas de apoio numaanálise transversal aos vários sectores, desde política, formaçãoacadêmica, infra-estruturas e uma rede de prestação de serviçosem proximidade. Repensar o sistema de ensino e de formação dosprofissionais de saúde, educação e acção social, mas também apolítica da educação para a primeira infância.O Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNI-CEF) em Moçambique sobre a Pobreza Infantil e Disparidades em2010 refere que 12% das crianças nunca frequentaram a escola e quea frequência líquida na escola primária e secundária têm aumentadocom equidade de gênero entre 2003 e 2008 (IDS 2003 e MICS 2008).A Educação é um investimento no futuro, que não é valorizadona maioria das famílias que não conseguem ter as suas necessidadesbásicas asseguradas e a taxa de conclusão do ensino primária é, porisso, baixa, situando-se nos 15%, com uma grande disparidade entre omeio rural e urbano (7% contra 30% em 2008). O relatório supracitado,79

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