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Baixar - Brasiliana USP

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JO 113<br />

« fl. 8 verso, pela qual se vê a obrigação que tinha o collegio de fazer celebrar<br />

« um officio e missa cantada nos dias trigesimo e anniversario do falecimento<br />

« de cada um dos sacerdotes alli residentes, ficam resolvidas quaesquer duvi-<br />

« das, é provado que p óbito de Durão teve logar no mez de Janeiro de 1784.<br />

«No tocante ao local do seu jazigo, procedeu-se a investigação ocular no<br />

«sitio designado; combinadas as declarações do P. Saavedra com os esclareci-<br />

« mentos que poude fornecer um indivíduo, também de edade avançada, antigo<br />

« fâmulo do collegio, aonde residia desde 1808, e a cujo cargo se conserva ainda<br />

«hoje a limpeza e guarda da egreja. Viu-se que as sepulturas privativas, des-<br />

«tinadas para os religiosos d'aquella casa, eram somente duas, as quaes exis-<br />

«tem contíguas, e collocadas em frente do altar de Sancta Rita, entre uns de-<br />

« graus que sobem para o claustro, e um grande carneiro ou jazigo, pertencente<br />

« á casa dos Condes de Soure, que eram os padroeiros da mesma egreja. As<br />

« campas d'estas sepulturas são de madeira, e nenhuma d'ellas tem epitaphio,<br />

« mscripção, ou qualquer outro signal particular, que possa esclarecer o assum-<br />

« pto. E comquanto seja indubitavel que em uma d'eílas foi encerrado o cada-<br />

« ver de Durão, mal se pôde determinar em qual das duas; embhora pareça mais<br />

«provável que o seria na que fica contígua ao grande carneiro; pois que na<br />

« outra, segundo a lembrança do sobredito fâmulo, jaz sepultado outro religioso<br />

« de appellido «Franca», único que consta haver alli falecido no período que<br />

« decorreu desde 1808 até á suppressão do convento em 1834.<br />

« A falta do üvro dos óbitos d'aquella casa, cujo destino se ignora, bem<br />

« como o do resto do seu cartório, não permitte algumas outras averiguações,<br />

« próprias para levar os referidos pontos a maior grau d'evidencia. Lisboa, 20<br />

«de Agosto de 1845.—Innocencio Francisco da Suva.»<br />

Annos depois tive a satisfação de ver elucidada a matéria, quando a fortuna<br />

me deparou as Memórias obituarias dos Padres Gracianos que foram escriptores,<br />

colligidas no fim do século passado por Pedro José de Figueiredo, e<br />

autographas, como já signifiquei. D'ellas consta que Fr. José de Sancta Rita<br />

Durão professara a regra de Sancto Agostinho no convento da Graça de Lisboa<br />

a 12 de Outubro de 1738, nas mãos do prior Fr. Francisco de Vasconcellos,<br />

sendo provincial Fr. Miguel do Canto; que merecera pelos seus estudos e<br />

grande talento* o grau de mestre, e pela Universidade de Coimbra o de doutor<br />

na theologia; e que se finara no collegio de Sancto Agostinho a 24 de Janeiro<br />

de 1784.—O que se não declara é a data do nascimento, a qual, pelo que posso<br />

conjecturar, teria conseguintemente logar pelos annos de 1718 a 1720.<br />

Quanto aos escriptos impressos de Durão, creio serem exclusivamente os<br />

seguintes, sendo-lhe attribuida a paternidade do segundo nas referidas memórias<br />

obituarias:<br />

4658) Josephi Duram Theologi Conimbricensis O. E. S. A. pro annua<br />

studiorum instauratíone Oratio. Coimbra, 1778. 4.°—V. o que diz com respeito<br />

a esta oração o sr. Varnhagen, na biographia citada, pag. 409.<br />

4659) Novena de S. Gonçalo de Lagos, advogado dos mareantes. Lisboa, na<br />

Regia Offic Typ. 1781. 8.° Sem o nome do auctor.<br />

4660) Caramuru, poema épico do descobrimento do Brasil. Lisboa, na Regia<br />

Offic. Typ. 1781. 8.° de 307 pag.—Consta que d'esta edição se tiraram dous<br />

mil exemplares.—Segunda edição. Ibi, na Imp. Nacional 1836. 8.° Foi feita á<br />

custa do livreiro Jorge Rey, e tiraram-se mil exemplares. Sahiu terceira vez :<br />

Bahia, Typ. de Serva & C. a 1837. 8." de 313 pag., com uma breve advertência<br />

do editor. — E quarta vez, na já mencionada edição do sr. Varnhagen: Lisboa,<br />

1845.<br />

O sr. Monglave, o erudito traductor francez do Palmeirim de Francisco de<br />

Moraes, da Marilia de Dirceu, e da Arte de Furtar, verteu egualmente na<br />

mesma lingua o Caramuru, que sahiu impresso em Paris, 1829. 12.° 3 volumes.<br />

. , ,,<br />

Talvez não desagradará aos leitores verem aqui reproduzido o que acerca<br />

TOMO v °

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