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Cunha, a quem o marquez de Pombal Sebastião José de Carvalho e- Mello chamava
seu mestre, etc Commentadas e consagradas ao muito alto e poderoso senhor
D. João VI, rei do reino unido, etc. Tomo I. Por Antônio Lourenço Caminha.
Lisboa, na Imp. Nacional 1821. 8.° de xv-199 pag., a que se segue uma
lista dos subscriptores.
N'esta collecção, indigesta e mal-amanhada, «orno tudo o que sahia da
penna do editor, só se encontra de D. Luis da Cunha, occupando as pag. 25 até
136 a Carta escripta de Paris, ou Instrucção ao sereníssimo príncipe D. José,
para quando subisse ao throno (tenho idéa de que é a mesma que fora já publicada
com o titulo de Testamento' político). E por signal que escaparam na edição
numerosíssimos erros, .que ás vezes transtornam o sentido e intelligencia
dos períodos, como vejo da confrontação do impresso, com algumas copias mais
correctas da mesma obra, e entre ellas com uma que possuo, na qual ella se intitula
: Máximas discretas sobre a forma necessária da agricultura, commercio,
mritma, marinha, tribunaes, fabricas, etc, de Portugal, representadas e dirigidas
ao sereníssimo sr. D. José, príncipe da Beira, augusto filho do sr. D. João V,
por D. Luis da Cunha. Manuscripto de 270 pag. em 4.°, de letra dos fins do século
xvm.
Caminha pretendeu ainda dar á luz um segundo tomo dos taes inéditos,
? ara cuja publicação chegou a recolher o preço das subscripções, a razão de
:200 réis por volume, segundo consta. Não pôde comtudo realisar o intento,
porque sendo remettido o original á censura de José Agostinho de Macedo,
este deu em 25 de Junho de 1824 uma extensa informação (cujo auh>
grapho conservo em meu poder), tal, que o requerimento para as licenças foi
para logo escusado! O editor não ficou de certo prejudicado pela recusa da concessão;
porém sim os assignantes, que deram antecipadamente o seu dinheiro!
D. LUIS DA CUNHA DE ABREU E MELLO, Clérigo secular, Dou-
,.tor e Lente da Faculdade de Cânones na Universidade de Coimbra, Conego magistral
da Sé da mesma cidade, eleito Bispo de Beja em 3 de Maio de 1819. Foi
Deputado ás Cortes constituintes em 1821, e Par do Reino em 1826. M. na sua
diocese a 8 de Agosto de 1833, de um ataque de cholera-morbus epidêmica,
que por aquelle tempo invadiu e devastou a cidade de Beja. — E.
506) Instrucção pastoral ao clero e povo do bispado de Beja, datada de
Lisboa a 5 de Novembro de 1821.—Impressa sem designação de logw, nem typographia,
4.° de 31 pag. Pelo conteúdo se manifesta ser aquella a primeira vez
que o pastor se dirigia ás suas ovelhas.
Nos Diários das Cortes de 1821 e 1822 podem vêr-se os seus discursos
proferidos n'aquella assembléa, onde propendeu sempre para as opiniões mais
moderadas, e conformes á sua classe, e estado, no que muito desagradou aos liberaes.
Vej. a Galeria dos Deputados, já muitas vezes citada, a pag. 282 e seguintes.
= LUI8 DELFINO DOS SANCTOS, Doutor em Medicina pela Faculdade
do Rio de Janeiro, etc — N. na cidade do Desterro, capital da provincia
de Sancta Catharina, em 25 de Agosto de 1834.
Além das Theses abaixo mencionadas, publicou em diversos tempos vários
artigos de litteratura em prosa e verso no Correio Mercantil, Correio da tarde,
Imprensa e Diário do Rio de Janeiro; no Futuro, e Conciliador, jornaes da sua
provincia; e foi collaborador em 1852 do Beija-flor, e em 1854 da lllustração
Brasileira. Propõe-se dar á luz com brevidade sob o titulo Horas de vigília, em
dous volumes, uma collecção das suas obras poéticas, parte das quaes são ja conhecidas
do publico, por haverem sido insertas nas folhas supra mencionadas.
507) Theses apresentadas á Faculdade de Medicina do Rio de Jandro, e perante
ella sustentadas a 26 de Novembro de 1857. Rio de Janeiro, Typ. Universal
de Laemmert 1857. 4.° gr. de vm-142 pag. (As três ultimas innumeradas.)