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dica, n.° 241, de 12 do dito mez, a pag. 21.—Talvez reproducção do outro publicado
com o mesmo titulo na Gazeta Medica?
LINO JOSÉ MAURITI, Escriptor das Bullas, e Banqueiro da Nunciatura
e Cúria Romaria em Lisboa.—E.
113) Relação circumstanciada da solemne e fúnebre pompa, com que foi encontrado
à Porta Flaminia, e levado á Rasilica Vaticana o corpo de Pio VI, etc.
Traduzido do italiano. Lisboa, na Regia Offic. Typ. 1802. 8.° de 137 pag.
Vej. no Diccionario o tomo rv, n.° J, 1446.
• P. LINO DE MONTE CARMELO LUNA, Presbytero secular, Cavalleiro
da Ordem de Christo, Pregador da Capella Imperial; Bibliothecario da
Bibliotheca Publica de Pernambuco, Membro do Instituto Histórico e Geographico
do Brasil, do Instituto Episcopal e Religioso do Rio de Janeiro, e de outras^associações
litterarias, etc. — N. na freguezia de Sancto Antônio da cidade
do Recife, capital da provincia de Pernambuco, a 23 de Septembro de 1821,
sendo seus pães José Joaquim de Mello e D. Maria Francisca de Luna. Sentindo-se
com irresistível vocação para o estado sacerdotal, trocou a vida civil pela
religiosa, entrando como noviço na Ordem Carmelitana da sua pátria em o 1.°
de Fevereiro de 1842, e fez a sim. profissão solemne em Fevereiro do anno seguinte,
nas mãos do P. M. Fr. Carlos de S. José, que morreu bispo do Maranhão,
do qual foi primeiramente discípulo, e depois amigo, e confessor, exercendo
esse ministério até o passamento d'aquelle prelado.
Preparado com os estudos próprios, subiu ao grau de presbytero em 1844,
e continuou ainda o curso de theologia dogmática, em que teve por mestre
D. Francisco do Sanctissimo Coração de Maria Cardoso e Castro, conego regrante
do mosteiro de Sancta Cruz de Coimbra, e então emigrado no Brasil (de quem
tractarei no Supplemento final, visto haver sido omittido o seu nome no logar
competente do Diccionario por falta dos necessários esclarecimentos).—No
mesmo anno de 1844 foi eleito em capitulo Sub-prior do convento do Recife,
e Mestre de noviços; e em 1848 designado para ler na cadeira do Dogma no
collegio do dito conveiíto, exercendo effectivamente o magistério, e recebendo
em 1850 a patente de Leitor em Theologia. Exerceu também o logar de Secretario
da provincia Carmelitana no Brasil, e foi a final nomeado pela Nunciatura
Apostólica, e por breve de 8 de Junho de 1850, Provincial da sua ordem,
sendo o primeiro religioso do tempo do seu noviciado que obteve tal dignidade.
O zelo e bom desempenho com que tractou dos interesses claustraes, foram remunerados
pela Sé Apostólica, que lhe conferiu os privilégios de uso de soli-deo
e anel, por breve de 26 de Septembro de 1854.
Em 1856 teve de sahir do claustro, por motivos imperiosos e urgentes,
sendo o principal a necessidade de cuidar de sua mãe e família: e alcançou
para isso breve de secularisação, datado a 6 de Outubro do dito anno. Passando
ao estado de ecclesiastico secular, recebeu do governo provincial em 6
de Junho de 1859 a nomeação de Bibliothecario da Bibliotheca Publica da
mesma provincia, á qual cuidou para logo de dar nova fôrma e organisação,
conseguindo transferil-a de uma acanhada sala do collegio das Artes do Recife
para local mais commodo e adequado, no edifício do convento do Carmo da
mesma cidade, onde está hoje collocada, verificando-se a inauguração com pomposa
solemnidade no dia 25 de Março de 1860, sendo este acto mencionado
honrosamente em um artigo inserto no Diário de Pernambuco, de 24 do referido
mez.
Dedicando-se desde o tempo de religioso ao ministério do púlpito, gosa na
sua pátria dos créditos de Orador distincto, e tem feito ouvir a miúdo a sua voz
nos templos d'aquella diocese, principalmente no anno de 1856, em que a epidemia
da cholera-morbus invadiu a provincia, pregando por esse tempo numerosos
sermões, para exhortar o povo á penitencia, e prestando- outros servi-