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por breves considerações sobre a poesia no Brasil, pelo sr. D. Paranhos Schutel,
inserto nos Annaes da Academia Philosophica do Bio (1858), a contar do n.° 3,
e que ainda ignoro se proseguiu além do 5.°, ultimo que tenho presente d'aquelle
interessante periódico. As folhas diárias do Bio de Janeiro, e das outras províncias
do império, commemoraram todas honrosamente o nome do mallogrado
poeta, a cujo respeito e de outro já accusado no presente volume, pag. 300, se
exprime nos termos seguintes o sr. conselheiro Castilho, na sua Grinalda Ovidiana,
pag. 287: t Pouco ha que o Brasil perdeu dous estros, que se revelavam
portentosos. Azevedo e Junqueira Freire, arrebatados aos vinte annos d'edade,
ou talvez antes devorados prematuramente por essa chamma abrasadora que.
se denomina «o gênio 1».—E., e foram publicadas posthumas por diligencia
de seu pae:
89) Obras de Manuel Antônio Alvares de Azevedo. Tomo r. Bio de Janeiro,
Typ. Americana de J. J. da Bocha 1853. 8.° gr. de XLVII-206 pag.—(Contém
este volume os ensaios poéticos do auctor, divididos em duas partes, e abrangendo
sob os títulos de Lyra de vinte annos e Poesias diversas a maior parte
das suas composições; precedidas de um discurso biographico pelo sr. dr. Jacy
Monteiro; e de aiguns excerptos dá correspondência do auctor). Tomo II. Ibi,
Typ. Universal de Laemmert 1855. 8.° gr. de 363 pag. (Comprehende a primeira
serie dos escriptos em prosa, e fecha com a ode Pedro Ivo, que também
se acha transcripta no já citado Archivo Pittoresco, volume n, a pag. 79. Entre
aquelles escriptos avulta pelo assumpto o que tem por titulo: Litteratura e civilisação
em Portugal, pag. 126 a 194.)
Esta edição, cuja tiragem foi de mil exemplares, acha-se de todo exhausta,
segundo as informações que recebi. Possuo um d'esses exemplares devido á benevolência
do illustre editor, que me dizem se propõe realisar em breve outra
mais augmentada, em que serão tirados á luz vários inéditos que ainda existem
de maior importância, entre elles um poema de cinco cantos, que se intitula:
O Frade.
P. MANUEL ANTÔNIO DE CASTELLO-BRANCO, Pre,sbytero secular.—N.
no logar do Souto, termo da villa de Sabugosa, em 1720. A data do
seu óbito, e mais circumstancias que lhe dizem respeito, são por ora ignoradas.—E.
90) Sermão do enterro de Christo senhor nosso. Lisboa, na Offic. de Francisco
Luis Ameno 1750. 4.°
91) Carta apologetica a um seu compadre e amigo assistente em Lisboa, sobre
o merecimento da obra intitulada «Verdadeiro methodo d'estudar». Lisboa,
na Offic. de-Francisco Luis Ameno 1754. 4.° de 26 pag.—Sahiu sob o anagramma
de Teotonio Anselmo Brancanalco. (V. no presente volume o artigo
Luis Antônio Verney.)
FR. MANUEL DE SANCTA ANNA, Franciscano da provincia da
Arrabida; não pude obter noticia das mais circumstancias que lhe dizem respeito.—E.
92) Dissertações theologicas medicinaes, dirigidas á instrucção dos penitentes,
que no sacramento da penitencia sinceramente procuram a sita sanctificação.
Lisboa, 1799. 8.° 2 tomos.—É uma refutação do livro Medicina Theologica, de
que se tractará adiante em artigo especial.
93) Beflexões sobre as usuras do mutuo, contra a «Dissertação theologicojurídica»
e o «Discurso político de uni anonymo» a respeito dos juros do dinheiro,
que em uma Carta offerece a um seu amigo, etc. Lisboa, 1787. 8." (V.
João Henriques de Sousa, e Fr. Manuel de Sancta Anno Braga.)
94) O philosopho discursivo sobre a historia da philosophia, e prindpiot
physicosldo composto natural. Obra diriqida á instrucção dos philosophos candidatos.
Lisboa, 1802. 8.» r r r