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LU 249<br />

da Lingua Portugueza, etc. tomou um distincto logar entre os commentadores<br />

de Camões, expondo e fazendo sentir as bellezas da sua elocução, sobre tudo na<br />

parte 4." que se intitula Do gênio imitativo, ou dos meios de que a lingua se serve<br />

para a perfeita elocução do discurso. Assim desempenhou o promettido na introducção<br />

ao tomo i, pag. xxv, onde se lêem as seguintes palavras: «Os amadores<br />

de Camões folgarão sem duvida de encontrar na-curiosa analyse a queprocedemos<br />

inesperadas bellezas d'este gênero, que até hoje se occultaram a todos<br />

os commentadores dos Lusíadas.»<br />

16.° Na Revista Acadêmica de Coimbra do anno de 1854, que vi de passagem<br />

ha annos, vem inserta uma Vida de Luis de Camões, sem designação de<br />

quem a escrevesse. Pareceu-me então ser, pouco mais ou menos, a mesma"que o<br />

Morgado de Mattheus escrevera para collocar á frente da sua edição dos Lusiadas,<br />

e que fora pouco depois reproduzida no Investigador Portuguez (1818): não<br />

tive porém opportunidade de verificar se a minha supposição era ou não exacta.<br />

17.° No Mosaico, jornal publicado em Lisboa, 1839, tomo r, a pag. 101,<br />

acna-se uma curta noticia biographica de Camões; e outra algum tanto mais desenvolvida<br />

no Archivo Popular, n.° 2 de 1838. Ambas anonymas, e a primeira<br />

sahira também em um n.ialo Diário do Povo, periódico político, 1836.—Vem<br />

ainda uma terceira, egualmente sem nome de auctor, no Biographo, n.° 6.°, periódico<br />

mensal, publicado em Lisboa em 1838.—Ultimamente, já depois de sahido<br />

da imprensa o livro do sr. Visconde, appareceu mais outra noticia no Camões,<br />

revista hebdomadária, n.° 1.° de 11 de Outubro de 1860. É para notar<br />

que ainda n'ella continue a assignar-se o anno de 1579 como o da morte do<br />

poeta, seguindo a errada opinião dos antigos biographos!—E no n.° 4.° do dito<br />

semanário (cuja publicação se acha suspensa desde o 5.°) vem uma Elegia em<br />

tercetos a Camões, assignada com o nome de Antônio Xavier de Barros Corte-real.<br />

Não deixa de ter aqui cabimento advertir, que a Parodia ao primeiro<br />

canto dos Lusiadas, por Manuel Luis Freire e outros, que o sr. Visconde a pag.<br />

307 diz ter sahido ha poucos annos impressa na Miscellanea, jornal do Porto, já<br />

o fora no m,eado do século passado em um dos tomOs do Anatômico jocato: e<br />

que d'ella se fez também edição em separado, Porto, na Typ. da Rua Formosa<br />

n.° 243, 1845, 8.° gr. de xiu-37 pag., da qual tenho um exemplar por favor do<br />

meu amigo Pereira Caldas.<br />

CATALOGO CHRONOLOGICO DAS EDIÇÕES DAS OBRAS DE LUIS DE CAMÕES<br />

A noticia mais exacta e circumstanciada que até agora possuíamos n'esta<br />

espécie, era a que Sebastião Trigoso ajuntára sob o mencionado titulo ao seu<br />

Exame critico das primeiras cinco edições dos Lusiadas, inserto no tomo vrrr,<br />

parte 1.* das Mem. da Acad. Real das Sc (1823), e que occupa de pag. 167 até<br />

212. Comprehendia o dito catalogo a descripção mais ou menos resumida de<br />

trinta e quatro edições, tomando por ultima a segunda do P. Thomás José de<br />

Aquirio feita em 1782-1783. O sr. Visconde de Juromenha na sua novíssima<br />

edição (tomo i, de pag. 145 a 184), resumindo e completando o trabalho de Trigoso,<br />

elucidado em vários pontos, e rectificado n'outros, segundo o resultado de<br />

suas próprias investigações, descreveu em seguida as publicadas no século actual<br />

até o anno corrente, e conseguiu dar-nos conhecimento, segundo declara a pag.<br />

483, de umas septenta e três edições. A estas cumpre ajuntar a de 1852, alli<br />

omittida por lapso involuntário, uma dos Lusiadas, sahida do prelo já depois da<br />

impressão da obra do sr. Visconde etc. Temos pois até agora descriptas, e mais<br />

ou menos confrontadas oitenta e uma edições. De todas passo a fazer breve<br />

resenha, tal como a comportam as dimensões do presente artigo, remettendo os<br />

leitores que pretenderem aprofundar o assumpto, e obter esclarecimentos mais<br />

minuciosos, para a citada edição Juromenha, para o Exame dé Trigoso, e para<br />

o artigo competente do Manual de Brunet (edição de 1842).<br />

Alguns bibliophilos nacionaes e estrangeiros, apaixonados das letras portuguezas,<br />

e admiradores enthusiastas do grande poeta, deram-se com afan a

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