Baixar - Brasiliana USP

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tulo foram depois reproduzidas.no Postilhão de Apollo, tomo i (1761), de pag.
171 a 218, mas dizendo-se ahi serem obra dê Manuel de Azevedo Pereira.—
Em Coimbra tinham sido impressas em separado, 1734, no formato de 16.°, inculcandc-se
como auctor um João Lopes da Rocha.
A final parece que a verdadeira auetora d'estes cantos fora D. Maria de
Lara e Menezes, filha do Duque de Caminha, e casada, segundo se affirma, com
o infante D. Duarte, irmão d'el-rei D- João IV, falecido preso no castello de
Milão. Em nome d'esta senhora se fizeram duas edições das Saudades, como
direi no artigo que lhe deve dizer respeito no Diccionario.
, Ainda apesar de tudo, se fez uma nova edição das Saudades em 18J4,
creio que na Typ. Rollandiana, em que se dá por auctor Manuel de Azevedo!
MANUEL BARATA, Mestre d'escripta do príncipe D. João, filho d'elrei
D. João III. Barbosa dá-o como natural de Lisboa; porém o P. Thomás José
de Aquino (na sua edição das Obras de Camões, tomo n (1783), pag. 416) nâo
se fazendo cargo da affirmativa de Barbosa, diz que Manuel Barata nascera na
Pampilhosa. Teria por ventura documento, ou razão bastante para fundamentar
tal assersão? É o que não sei dizer, ao menos por agora; ignorando também a
data certa do óbito de Barata, do qual apenas se sabe que era já falecido quando
se imprimiu a obra seguinte:
189) (C) Exemplares de diversas sortes de letras, tiradas da Polygraphia
de Manuel Rarata, escriptor portuguez: acerescentados pelo mesmo auctor para
commum proveito de todos. Dirigido ao ex. m ° sr. D. Theotonio (ereio que dever*
ler-se « Theodosio») duque de Bragança e de Barcellos, condestavel dos rdnos
de Portugal, etc Acostados a elles um Tractado de Arismetica, e outro de Ortkégraphia
portugueza. Lisboa, por Antônio Alvares 1590. 4.° Impresso ao comprido,
e não ao alto. Sahiu esta edição por industria e á custa de Joio de Ocanha,
livreiro.
O professor Pedro José da Fonseca, que teve presente um exemplar d'esta
rarissima obra, deixou-nos d'ella a seguinte descripção: Tem na primeira folha
uma dedicatória ao Duque de Bragança, feita pelo livreiro editor; e na seguinte
o prólogo do mesmo aó leitor. Vem depois um soneto, sem nome d'auctor, mas
que Manuel de Faria poz entre os de Camões, e é o que anda nas Rythmas
ueste poeta com o n.° 187. Na folha immediáta começa a Arithmetica sem titulo,
nem noticia de quem seja o auctor. Acabado o tractado d'arithmetica vem
os Exemplares de diversas sortes de letras, ou as lâminas de Manuel Barata,
de que nenhuma é em portuguez, sendo todas (com excepçâo de uma que é em
castelhano) nra latim, sem alguma explicação. Depois d'estas lâminas segue-se-o
Tractado de Ortographia portugueza por Pedro de Magalhães de Gandavo, do
qual se fará menção no logar competente.
Dizem que ha outra edição, Lisboa, por Alexandre de Sequeira 1592. 4.°
Barbosa menciona além d'estes Exemplares outra obra de Barata, com o
titulo Arte de Escripta, que diz impressa em 1572. 4.° Não designa porém o
nome do impressor, nem alguma outra circumstancia descriptiva, mostrando
com isso que não a vira, e que só a mencionava fundado' em algum dos Kvros
ou memórias manuscriptas de que se serviu para compor a sua Bibliotheca.
Para mim fica ainda duvidoso se tal obra é diversa (a existir) da outra que
deixo acima descripta. É certo que o P. Thomás José de Aquino no togar citado
diz ter visto no anno de 1783 em poder de um amigo «um exemplar da Arte
de escripta de.Manuel Barata, de edição que elle reporta aos annos de 1572,
sem comtudo assignar-lhe data precisa. Porém note-se que no principio d'elle
vém, segundo diz, o tal soneto 187 de Camões: e por essa oecasião affirma o
P. Thomás, que fora Barata o primeiro que na Europa publicara traslados abertos
em chapa. Como a critica, e mais ainda a probidade litteraria {Teste padre
são já tidas em fraquissimo conceito, não sei que grau de credito possa dar
a estas suas assersões. Creio mesmo que a tal prioridade na publicação dos