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cos.—N. na quinta da Caravella, parochia de Pombeiro, próxima á ribeira de
Vizella, na provincia do Minho, a 18 de Março de 1590, de familia illustre; e
m. em Madrid a 3 de Junho de 1649. Para a sua biographia vej. o Retrato de
Manuel de Faria y Sousa, relacion de su vida, y catalogo de sus escritos, etc.
por D. Francisco Moreno Porcel, Madrid 1650. 4.°, ou Lisboa, na Offic. Ferreiriana
1733. Foi. de xvi-103 pag,; edição preferível em tudo á primeira;, até por
achar-se addicionada com um extenso juizo critico, feito pelo conde da EriceiNt
D. Francisco Xavier de Menezes. Esta obra serviu na maior parte para a noticia
resumida que de Faria nos dá o sr. Visconde de Juromenha em a sua nova
edição das Obras de Camões, tomo r, pag. 338 a 341, addicionando-lhe todavia
algumas particularidades ainda não sabidas. Vej. também o Ensaio biographteb
critico de José Maria da Costa e Silva, no tomo vir, a pag. 105 e seguint*és;'e c
também as cartas inéditas do próprio Faria, escriptas a Fr. Francisco Brandão,
as quaes foram pela primeira vez impressas nas Mem. da Acad. R. das Sciencias,
tomo x, parte l. a , a pag. 36 e seguintes. Abi se encontram espécies aproveitáveis,
não só para a biographia, mas também para a historia litteraria d-aqueBa*
epocha.—Existem d'elle vários retratos gravados; vem um na obra de Poma
acima citada; outro no principio dos Commentarios aos Lusiadas; outros na Ásia
e na Europa portuguesas, etc
O catalogo de todas as suas obras -impressas, segundo a ordem chronologica
em que o foram, é o seguinte:
490) Muerte de Jesus y llanto de Maria. Madrid, 1623. 8.°—Não tenho
d'esta obra mais conhecimento que o de achal-a indicada na Bibl. Lus.; pois
nunca vi algum exemplar.
491) Fábula de Narciso e Echo. Lisboa 1623. 8.°—Tem uma dedicatória
do auctor a Lope Felix de Vega Carpio, datada de Lisboa a 20 de Novembrô' de
1623.— Ibi, dedicada ao M. B. P. Fr. Antônio de Sancta Maria, Agostinho descalço,
por Antônio da Costa Valle 1737. 4.° Consta de cincoenta oitavas portuguezas.
492) Divinas y humanas flores. Primera y segunda parte. Madrid» por
Diego Flamêco 1624. 8.° de vnr-158 folhas, numeradas pela frente. Creio que
os exemplares são pouco communs.
493) Noches claras. Ibi, pelo mesmo 1624. 8.°—E novamente com o titulo':
Noches claras, divinas y humanas flores: por ei mismo anadidas y emendadas
en esta impression. Lisboa, por Antônio Craesbeeck de Mello 1674. 8.° de 417
paginas.
494) (C) Fuente de Aganipe y Rimas varias. (Septe partes). Madrid, por
Diego Flamengo 1624, 1625 e 1627: por Andres de Ia Parra, Cosme Delgado e
Diego Flamengo: 8.«, 18.° e 16.°—Esta edição já estava exhausta em 1639;B'
que levou o auctor a publicar segunda, correcta e accrescentada; a qual sahiu
impressa em Madrid, por Carlos Sanches Bravo e Juan Sanches 1644 é 1646.
8.°—Consta a l. a parte de seiscentos sonetos: a 2. a de doze poemas em outava.
rythma, silvas e sextinas: a 3. a de canções, odes, madrigaes, sextinas e terce^
tos: a 4." de vinte eclogas: a 5. a de redondilhas, glosas, cantilenas, decimal;' 1
romances e epigrammas. A 6. a intitulada Musa nueva consta de sonetos, oitavas,
tercetos, canções, etc. reduzidos a versos octosyllabos. A 7.- 1 que intitdlítf'
Engenho, compõe-se de acrostichos, exdruxulos, ecchos, etc.—Todas as septe
partes são precedidas de discursos, cheios de erudição, acerca das espécies de
poesia que cada uma comprehende. Das poesias conteúdas são umas em portu-i
guez, e outras em castelhano. \
.Não consta que em algum local conhecido exista a collecção completo'
d'estas poesias. A menos incompleta que se conhecia no principio d'este século/
e que continha cinco das septe partes ou volumes, existia em poder do arcebispo
Cenaculo. Já em 1733 escrevia o Conde da Ericeira: «A Fonte de Aganipe,
a Albânia, e mais versos impressos com diversos títulos e formatos, sSO
tão rardl, que apenas podem as livrarias mais selectas ter um jogo perfeil* 1