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MA 441<br />

de Ourem, etc. ... (depois rei D. João IV de Portugal). Lisboa, por Lourenço<br />

Craesbeeck. A custa do Duque. 1635. 4.° de xrr-126 folhas, numeradas só na<br />

frente,, e no fim seis folhas innumeradas, contendo o indice dos nomes próprios<br />

e latinos, que na obra se acham. Consta de quatro livros ou cantos, em sextinas<br />

hendecasyllabas. É obra rara, da qual possuo um exemplar, vendido ha muitos<br />

annos pelo livreiro M. P. de Lacerda a monsenhor Ferreira Gordo por 1:920 réis.<br />

Creio que outros o têem sido por 2:400.<br />

644) (C) Relação do que se passou na felice acclamação etc. Dedicado aos fidalgos<br />

de Portugal. Lisboa, por Lourenço de Anvers 1641. 4.°—É anonymo, e<br />

Barbosa o attribue primeiro a este auctor, e depois ao P. Nicolau da Maia; duplicação<br />

em que também incorreu o collector do pseudo-Caíaiooo da Academia.<br />

Como não posso dizer a qual dos dous pertence esta composição, repetil-a-hei<br />

egualmente em nome do sobredito P. Maia.<br />

645) Obras varias ai real palario dei Ruen-retiro. Madrid, por Maria de<br />

Quiílones 1637. 8.°—Creio que este livro, raro, e do qual não pude ver até<br />

hoje algum exemplar, é todo escripto em lingua castelhana.<br />

646) Discurso poético em louvor da Ulysséa de Gabriel Pereira de Castro.<br />

Anda na terceira e quarta edições da mesma Ulysséa.—Ha também n'aqüella<br />

uma canção de Galhegos em applauso do poeta.<br />

«Auctor respeitável em correcção e pureza de linguagem» chamou o<br />

P. Francisco José Freire (nas suas Reflexões sobre a lingua) a Manuel de Galhegos<br />

: e Costa e Silva diz, que elle tem linguagem pura e harmoniosa, expressão<br />

animada, e muitas vezes pictoresca, versificação corrente e sonora; imaginação<br />

rica e fecunda, acompanhada de bastante erudição e originalidade, etc.<br />

«A Gigantomachia (no sentir do mesmo critico) é escripta Com o vigor de<br />

imaginação e elegância de estylo, que caracterisam o seu auctor; o qual soube<br />

tirar do assumpto o mais que era possível em matéria tão ingrata.<br />

«No Templo da Memória desenvolve egualmente mui rica imaginação, e<br />

invenção apropriada, distinguindo-se pela multidão e variedade dos quadros<br />

poéticos com que o adornou. Ha n'este poema bem ajustado emprego da mythologia,<br />

colorrdo brilhante, e versificação amena, sonora e corrente, contandose<br />

apenas de longe a longe alguns resaibos de gongorismo, e alguns trechos que<br />

parecem buscados com o único fim de dar maior extensão á obra.» José Agostinho<br />

no Motim Litterario, tomo n, pag. 243, qualifica á sua parte o Templo da<br />

Memória de «poema excellente, que jaz em desprezo, como tudo o que entre<br />

nós não vem dos estrangeiros».<br />

Vem a propósito declarar n'este artigo, que o sr. Visconde de Juromenha<br />

afErma ter achado no Archivo Nacional documento, do qual se mostra que Manuel<br />

de Galhegos obtivera em 1641 privilegio para a pubücacão das Gazetas.<br />

Seria elle, pois, o que por este tempo as escrevia ?—Vej. o que a este respeito<br />

digo no tomo in, a pag. 158.<br />

MANUEL DA GAMA XARO, natural da cidade de Beja, onde n. a 22<br />

de Dezembro de 1800; sendo filho do bacharel José Antônio Xaro, e de D. Bernarda<br />

Perpetua Rosa da Gama Xaro. Concluídos os primeiros estudos entrou<br />

aos 16 annos d'edade na ordem dos Carmelitas calçados, seguindo depois o curso<br />

de philosophia no collegio da mesma ordem em Coimbra. Secularisando-se em<br />

1825, recebeu o habito de freire professo na ordem militar de S. Tiago da Espada,<br />

e em 1827 foi provido mediante concurso em um dos benefícios da egreja<br />

parochial de S. Sebastião de Setúbal, da qual é hoje Parocho, exercendo conjunctamente<br />

as funcções de Vigário geral do arcediagado da mesma cidade. É também<br />

Desembargador da Relação Ecclesiastica do Patriarchado. Foi pelo circulo<br />

da sua naturalidade eleito em 1840 Deputado ás Cortes; porém tendo acceitado<br />

o cargo com alguma repugnância, funccionou mui pouco tempo como tal, retirando-se<br />

para sua casa, com propósito de não mais voltar. Foi condecorado com<br />

o habito da ordem de N. S. da Conceição de Villa-viçosa, mercê que não acceitou,

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