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MA 363
Tomo i. Lisboa, na Offic. de João Antônio da Costa 1763. Foi. Tomo n. Ibi, na
Offic. de José da Silva Nazareth 1768. Foi.
«Esta obra (diz o auctor do Demetrio Moderno a pag. 130), posto que no
seu titulo representa mais do que é, se fosse feita com mais digestão desempenharia
o título que seu auctor lhe poz: no estado em que se apresenta não offerece
outra novidade que a exdruxularia de mixturar palavras latinas com portuguezas,
e amontoar auctoridades sobre auctoridades, vicio commum aos escriptores
jurídicos d'aquelle, e dos precedentes séculos. ••
Addicionou a Orphanologia practica de Paiva e Pona, e compoz mais alguns
escriptos, que julguei poder omittir sem inconveniente.
MANUEL ANTÔNIO DA SILVA BENEVIDES, natural ao que parece
da cidade do Porto, onde consta falecera com mais de 70 annos a'edade
pelos de 1853, pouco mais ou menos.—E.
t. 126) A Emboscada, ou o triumpho do amor e da virtude. Obra históricotrágica
allemã. Porto, Typ. Commercial 1841. 8.° de 209 pag.
127) 0 Viajante africano, ou um casamento por sympathia. Ibi, 1846. 8.°
128) 0 Ensaio, ou conselho que os cães fizeram em 1845, seguido do quadro
político, histórico e analytico, etc. Porto, 1849. 8.°
Além d'estas obras, que só conheço pelos títulos ouvi que o auctor deixara
impressa outra, chamada: O Tempo, ou a revolução dos tempos, e um volume
de Poesias, etc.
MANUEL ANTÔNIO DE VASCONCELLOS, natural da ilha de S. Miguel,
e nascido ao que presumo pelos annos de 1786 a 1790. Foi Deputado ás
Cortes constituintes em 1837 e 1838, etc.—Süpprindo a falta de maiores estudos
com a penetração e talento que da natureza recebera, dotado de caracter
firme, circunspecto e desinteressado em summo grau, soube desempenhar o seu
mandato com honra, distinguindo-se entre os oradores d'aquellas Cortes pela
energia, lucidez e concisão dos seus discursos. Suas idéas e doutrinas políticas
propendiam para a democracia, e teria sem duvida de figurar mais notavelmente
de futuro, se um ataque de alienação mental, que lhe sobreveiu, e que a
medicina quiz em vão debellar, o não retirasse dos negócios públicos, obngando-o
em fim a voltar para a sua pátria, onde se finou ao cabo de poucos annos.—E.
"""'?{'.',.
129) O Açoriano Oriental.—Folha politicá, publicada em Ponta-delgada,
e começada em 1835. D'ella foi fundador, e redigiu os números 1 a 69 inclusive.
Em 1838 foi também em Lisboa um dos redáctores de outro jornal político
O Tempo, que fundou e redigiu conjunctamente com os srs. J. E. Coelho de
Magalhães, e Valentim Marcellino dos Sanctos. ; ' •***•-
Deixou muitas poesias manuscriptas, e a versão da Pharsalia de Lucano,
que, a ser certo o que elle próprio me affirmou em 1837, estava a esse tempo
completa, faltando-lhe apenas os últimos retoques. Na Bevista dos Açores, tomos
i e II (1851 a 1853) sahiram posthumos alguns versos seus; a saber:
130) A Julia—Ode ao ingenho—Amor christão—Um de mil desejos—
A Filinto Elysio—Os heróes do tempo (satyra)—No tomor, a pag. 99,116,127,
142,407, e 419. '
131 Odes anacreonticas—No tomo rr, a pag. 122,123, 213, 214, 280, 281.
132) Templo do Furor, trecho descriphvo—Tomo dito, pag. 374 a 376.
E no mesmo jornal vem alguns artigos, ou reflexões moraes e políticas em
prosa, no tomo r, a pag. 94,99,103,107,123,130, 167,170,206,222,245, etc.
MANUEL ANTÔNIO VIEIRA DE ARAÚJO, natural, segundo parece,
da cidade de Braga, d'onde inutilmente procurei haver alguma noticia das
suas circumstancias individuaes, empenhando para esse fim as diligencias dos
meus prestaveis correspondentes, os srs. Pereira Caldas e Rodrigues Abreu.—E.