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Este opusculo, que é raro, deve accrescentar-se á Ribliogr. Hist. do sr. Figaniere,
entre os n. os 666 e 667.
Não tenho noticia de mais alguma publicação sua feita em separado. Foi
collaborador do periódico O Nacional nos annos de 1835 e seguintes, e depois
redactor do Patriota.—Nos Diários da Câmara dos Deputados, e das Cortes
constituintes de 1837 podem ver-se os seus discursos, e trabalhos parlamentares
nas diversas assembléas de que foi membro.
LEONIZ DE PINA E MENDONÇA, Cavalleiro' da Ordem de Christo,
Sócio da Sociedade Real de Londres, insigne Mathematico do seu tempo.—N.
na cidade da Guarda, e m. na sua quinta do Pombo, junto á mesma cidade. Não
constam as datas do seu nascimento e óbito, e sfcsim que vivia na segunda metade
do século xvn.
Além das obras que escreveu em Musica, Arithmetica e Geometria de que
faz me*|ção Barbosa, e que parece se perderarh, compoz e publicou a seguinte
pela qual lhe dou logar n'este Diccionario.
52) Amuleto da alma, composto dos antídotos e epithemas, que os sanctos
doctores e outros fieis e devotos varões receitaram ao contagio dos vidos. Lisboa,
por João da Costa 1670. 12.° — Ha um exemplar no Gabinete Portuguez
de Leitura do Rio de Janeiro, segundo se vê do respectivo Catalogo: pela minha
parte ainda não encontrei alguni até hoje.
A respeito da pessoa e família d'este escriptor podem consultar-se: Rarbosa
na Bibl., Antônio Ribeiro dos Santos nas Mem. de Litt., tomo vm, e sobre todos
Stockler, no Ensaio sobre a origem e progressos das Mathem., pag. 53 e 158.
D. LEONOR DE ALMEIDA PORTUGAL LORENA E LENCAS-
TRE, Condessa de Oyenhausen e Marqueza de Alorna, etc.—N. em Lisboa a
31 de Outubro de 1750, e m. a 11 de Outubro de 1839.—Na Rlustração, jornal
universal, vol. II (1846), a pag. 27, vem a seu respeito uma noticia biographica,
resumida, segundo creio, de outra mais ampla, que sahira no tomo i das
suas Ó6ras Poéticas abaixo mencionadas. Também no Panorama de 1844, a pag.
403, se encontra um artigo biographico, que parece ser da penna 'do sr. A. Her^
culano, acompanhado de um pequeno retrato da illustre poetisa, tirado nos ul-'
timos annos da sua vida, e que offerece por isso notável dissimilhança comparado
com o antigo, feito no tempo em que ella contava trinta e um annos.—E.,
e publicaram-se posthumas, por diligencia de suas filhas:
53) Obras poéticas de D. Leonor de Almeida etc. conhecida entre os poetas
portuguezes pelo nome de «Alcipe.» Lisboa, Imp. Nac. 1844. 8." gr. com um
retrato da auetora: seis volumes, cuja distribuição é como se segue:
Tomo i. Noticia biographica da marqueza, seguida de outra noticia histórica
de seu esposo o conde de Oyenhausen, oecupando tudo XLVIII pag.—Poesias
compostas no mosteiro de Chellas, que comprehendem 42 sonetos; 2 quadras
glosadas; 5 cantigas, ou pequenos poemas anacreonticos; 10 canções; 2 eclogas;
4 idyllios; 13 odes; 2 elogios; 9 epístolas. Além d'estas ha mais algumas poesias,
dirigidas á auetora por Filinto, Almeno e outros poetas seus contemporâneos.—Poesias
escriptas depois da sahida do mosteiro de Chellas, a saber: 12
sonetos; um idyllió; uma canção; uma epístola; 2 odes; um hymno; a imitação
do primeiro canto das Solidões, poema de Cronegk.
Tomo n. Continuação das poesias lyricas, escriptas depois da sahida do mosteiro
de Chellas: 19 epístolas; 17*odes; 12 ditas imitadas de Horacio; 2 elegias;
1 epicedio; 6 eclogas; 27 sonetos; uma cantata; 2 hymnos; paraphrase de uns
versos de Sancta Theresa; pensamentos; 88 cantigas, ou anacreonticas; 3 peças
em sextinas; 6 apólogos; a quadras glosadas; vários epigrammas, epitaphios e
outras poesias menores. E além de'tudo isto, algumas obras alheias, que se reproduziram
para melhor conhecimento das respostas da auetora, etc.
Tomo III. A Primavera, traducção livre do poema das Estações de Thom-
TOMO v 12