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LU 313<br />

Charles Expilly e Leonce Aubé, insertos na Revista Popular, jornal do Rio* dé Janeiro,<br />

tomo i, a pag. 22,100,141,208; tomo n, pag. 168,281; tomo m, pag. 350;<br />

tomo vn, pag. 235; etc etc. (Vej. também no Diccionario os artigos Miguel<br />

Calmon du Pin e Almeida, marquez d'Abrantes, e Theophilo Benedicto Ottoni.)<br />

697) Estudos sobre o credito rural e hypothecario, seguidos de leis, estatutos<br />

e outros documentos. Rio de Janeiro, Typ. Imperial e Constitucional de<br />

J. Villeneuve & C* 1857. 8.° gr. de vni-306 pae. e mais 11 innumeradas, que<br />

contêem o indice, e varias formulas ou modelos de letras, bilhetes de credito etc<br />

Sahira também este trabalho publicado primeiro nas columnas do Jornal<br />

do Commercio. Possuo egualmente um exemplar, por favor do editor da obra,<br />

o sr. B. L. Garnier.<br />

LUIS PEREIRA BRANDÃO, Cavalleiro da Ordem de Christo, natural<br />

da cidade do Porto, e nascido ao que pôde julgar-se pelos annos de 1540. Menijs<br />

pensadamente disse a seu respeito J. M. da Costa e Silva no Ensaio Biographico<br />

Critico, tomo iv, pag. 63, « que era de familia ignorada »; quando temos<br />

-or declaração positiva de Barbosa na Bibl., que elle provinha de linhagem il­<br />

Í<br />

ustre, sendo filho de.Antônio Pereira Brandão, capitão de Maluco, que mor­<br />

rera na conquista de Monomotapa com o governador Francisco Barreto, de<br />

quem ia nomeado suecessor em segunda via. A mãe chamava-se D. Francisca<br />

de Novaes. Fica pois evidente a leveza com que em tal afirmativa procedeu o<br />

biographo moderno. Luis Pereira seguiu el-rei D. Sebastião na jornada d'África,<br />

e ficou captivo na batalha d'Alcacer. Voltando para a pátria resgatado ao fim<br />

d'algum tempo, é voz constante que se vestira de lueto, o qual não mais largou<br />

durante o resto da vida. Quando esta findou é ponto até agora impossível de<br />

averiguar. —E.<br />

698) (C) Elegiada de Luis Pereira: dirigida ao serenissimo senhor Cardeal<br />

Alberto, duque d'Áustria, e governador dos reinos de Portugal. Lisboa, por<br />

Manuel de Lyra 1588. 8.° de iv-286 folhas numeradas pela frente.—Reimprimiu-se<br />

por diligencia de Bento José de Sousa Farinha. Lisboa, na Offic. de José<br />

da Silva Nazareth 1785. 8.° de 431 pag.—D'esta reimpressão se tiraram alguns<br />

exemplares de papel algum tanto maior em formato, e de melhor qualidade<br />

que .o dos restantes. Eu possuo um d'esses exemplares. A primeira edição é<br />

rara desde muitos annos. Um exemplar que existe na livraria que foi de Joaquim<br />

Pereira da Costa, acha-se avaliado no inventario em 3:000 réis.<br />

Este poema épico, composto de dezoito cantos em outava rythma, é tido<br />

geralmente, e sem injustiça, corno a mais inferior das nossas antigas epopéas.<br />

O auctor seguiu n'elle a ordem propriamente histórica e chronologica, semmixtura<br />

de artificio épico. Notam-se-lhe além d'esse defeito, a demasiada extensão<br />

das suas narrações, e o prosaismo da metrificação. Ha no seu estylo uns assomos<br />

de tristeza, ou melancolia, que não deixam de condizer com o assumpto,<br />

e que commovem o animo do leitor. A sua linguagem, pura em geral como a<br />

de todos os escriptos d'aquelle século, não chega a merecer a qualificação de<br />

elegante, por ser a espaços semeada de vocábulos e phrases populares, e triviaes,<br />

menos próprias da poesia, especialmente da épica. Por entre muitas paginas<br />

fastidiosas, e destituídas de interesse, ha comtudo alguns trechos de notável<br />

valia, taes como o recitado da batalha, o episódio de D. Leonor de Sá, em<br />

que Luis Pereira quiz provar suas forças ao lado de Camões e de Côrte-real,<br />

e vários outros quadros descriptivos, que se distinguem pela exactidâo dos traços<br />

e viveza do colorido. O nosso excellente critico Francisco Dias Gomes apresenta<br />

acerca dó auctor (cujo nome inadvertidamente trocou no de Luis Pereira<br />

da Castro) e da obra, o seguinte juizo em que ha talvez exageração: «É este<br />

poema (a Elegiada) a obra mais infeliz que" appareceu em Portugal no século<br />

de quinhentos, a qual mais deshonra a nação do que à acredita. Seu auctor fez<br />

no estylo muitas e indiscretas innovações, que o mnundam dos mais enormes<br />

vicios de locução». (Obras de F. Dias, pag..41.)

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