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378 MA<br />

vares 1624. 8.°—Consta de 131 oitavas, e é só a primeira das quatro partes em<br />

que a obra se dividia, ficando as outras três manuscriptas. Seguem-se no volume<br />

á dita parte, que se intitula Estado astrólogico, umas Annotações chrysopeat<br />

e astrdogicas em prosa.<br />

D'esta parte publicada se fez segunda edição: Lisboa, na Typ. Lacerdina<br />

1809. 8.° de 60 pag., destinada a confirmar e corroborar as esperanças dos Sebastianistas,<br />

que olhavam este livro como um dos mais sólidos fundamentos da<br />

sua mania. O editor declara em uma advertência final, que a nova edição é conforme<br />

ao antigo original da de 1624, menos no que diz respeito ás Annotações,<br />

que elle supprimiu por julgal-as desnecessárias.<br />

A edição de 1624 é rara, e estimada. Na livraria que foi de Joaquim Pereira<br />

da Costa existem dous exemplares, que os avaliadores, como pessoas competentes,<br />

avaliaram juntos em 800 réis!<br />

Por edital da Real Meza Censoria de 9 de Dezembro de 1774 foi este livro<br />

mandado queimar publicamente por mão do algoz, realisando-se o auto da fé<br />

na praça do Commercio..E pelo mesmo edital foram,egualmente prohibidog<br />

(sem comtudo se decretar contra elles a pena do fogo) outros dous do mesma*<br />

auctor, crjos títulos são:<br />

209) Luz pequena lunar e estellifera da Monarchia Lusitana, explicação do<br />

primeiro Anacephaleoses impressa em Lisboa 1624. Sobre o prindpe encuberto,<br />

e monarchia alli prognosticada: referem-se os versos das quatro Anacephaleoses<br />

por que os castelhanos impediram imprimirem-se com outras. Roma, sem o nome<br />

do impressor, 1626. 8.°—Diz Barbosa que esta obra sahira por industria de<br />

Galileo Galilei. Ainda não a vi, e por isso ignoro se é ou não escripta em portuguez,<br />

como o titulo parece indicar.<br />

A outra obra prohibida é:<br />

210) Status astrologicus Anacephaleosis prima; Monarchia; in quo continentur<br />

miranda prognostica super Regnorum Hispaniarum, etc. Hamburgo, por<br />

Henrique Warner 1644 (conforme uns, ou 1626, segundo outros). Foi.—Pare»<br />

que é a traducção verso por verso do n.° 208 feita pelo próprio auctor.<br />

MANUEL BORGES CARNEIRO, natural de Resende, comarca de Lamego,<br />

e nascido a 2 de Novembro de 1774. Matriculou-se no primeiro anno do<br />

curso juridico da Universidade de Coimbra em 1791. Concluídos os estudo», e<br />

recebido o grau de Bacharel em Leis, deliberou-se a seguir a carreira da magistratura,<br />

e foi nomeado Juiz de fora da villa de Vianna do Alemtojo em 13 de<br />

Maio de 1803. Serviu este logar, e successivamente os de Provedor da comarca<br />

de Leiria, Secretario da Junta do Código Penal militar, Desembargador- da Relação<br />

do Porto, e da Casa da Supplicação de Lisboa. Eleito Deputado ás Cortes<br />

constituintes de 1821 pela provincia da Extremadura, desempenhou o mandato<br />

com tal aprazimento dos seus constituintes, que no anno immediato ficou reeleito<br />

para as Cortes ordinárias simultaneamente pelos círculos, de Alemquer,<br />

Leiria, Lisboa, Setúbal e Thomar, obtendo em todos grandí maioria, e sendo<br />

ainda nomeado Deputado substituto pelo de Viseu. Em 1826 a 1818 no regimen<br />

da Carta exerceu também as funcções de Deputado pela. provincia da Beira.<br />

Depois da chegada do sr.'D. Miguel, e da dissolução das Cortes conservou-se<br />

por ateum tempo homisiado em Lisboa, até que sendo preso ejn 15 de Agosto<br />

de 1828, foi no dia 30 do dito mez encerrado nas masmorras da torre de S. Julião<br />

da Barra, onde jazeu quasi cinco annos completos. Posto que jamais se<br />

lhe formasse processo, isso não obstou a que fosse demittido do logar de Desembargador,<br />

e riscado do serviço da magistratura I M. victima da cholera-morbus<br />

em 4 de Julho de 1833, antes de recuperar a liberdade, á qual, se vivesse,<br />

teria sido restituido vinte dias mais tarde.—Vej. para a sua biographia o Elogio<br />

histórico escripto pelo dr. Emygdio Costa, inserto na Gazeta dos Tribunaes<br />

n.° 50 de 24 de Janeiro de 1842, e que anda também no fim do tomo iv do<br />

Direito civil de Borges Carneiro, da primeira edição. Mas cumpre notar que

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