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Baixar - Brasiliana USP

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196 LO<br />

na primeira metade do século xvn. — N. n'esla cidade no anno de 1599, em<br />

que seu pae já exercia n'ella a profissão typographica; porém foi por elle mandado<br />

educar em Anvers, sua pátria, e de seus antepassados. Alli se diz haver<br />

cursado os estudos, e residido por muitos annos, até que restituindo-se a Portugal,<br />

continuou por morte do pae na gerencia e direcção da officina que este<br />

creára, e que passou ainda a seus descendentes. M. a 8 de Março de 1679.<br />

Diz Barbosa que elle recopilára:<br />

141) Sylvia de Lisardo. Lisboa, por João da Costa 1668.8.°— Confesso q-fl**<br />

não entendo o que significa esta recopilação; quando é certíssimo que a SyíW<br />

de Lisardo andava já recopilada, e fora impressa em 1597 por Alexandre tü<br />

Siqueira, no tempo em que era, e foi ainda por muitos annos vivo Fr. Bernardo<br />

de Brito, a quem geralmente se attribue a composição d'aquellas estimaveis<br />

obras poéticas. (Vej. no Diccionario o artigo Fr. Bernardo de Brito./Ha<br />

aqui uma espécie de enigma, que mal posso decifrar.<br />

Acerca da biographia da família Craesbeeck, tão celebre em nossos annaes<br />

typographicos, vem uma noticia curiosa no Panorama (1839), a pag. 267.<br />

Occorre por esta occasião tocar aqui uma espécie, de que não sei què alguém<br />

se fizesse cargo até agora. Tenho encontrado livros, impressos em Lisboa<br />

com o nome de Lourenço Craesbeeck no intervalo que decorre de 1633 (anno<br />

em que faleceu o pae, segundo creio) até 1643 : d'ahi em diante não me consta<br />

que esse nome figure em mais alguma obra conhecida: porém em logar d'elle.<br />

apparece em muitos livros estampados de 1641 a 1647 o de Lourenço d'Anvertí<br />

Ora, o Craesbeeck continuava ainda vivo, pois como se diz acima, o seu óbito<br />

só se verificou em 1679. Que se deduz d'aqui? Houve effectivamente 1 n'esta cidade<br />

dous impressores Lourenços, um Craesbeeck e outro d'Anvers, ou serão<br />

estes appellidos de um só e único indivíduo? Inclino-me a crer que sim, era<br />

quanto não apparecer prova do contrario; e tenho por mais provável que o<br />

typographo, de certo tempo em diante, trocara o appellido da familia pelo da<br />

pátria de seu pae e avós, seja qual fosse a razão, hoje ignorada, que a issfl 1 o<br />

persuadiu.<br />

Eis-aqui uma amostra das muitas difiiculdades, e embaraços com que tenho<br />

luetado na empreza de organisar uns Annaes da Typographia em Portugal<br />

desde a sua introducção até o presente; assumpto verdadeiramente curioso,e<br />

do qual não conheço impresso mais que as Memoi"ias de Antônio Ribeiro dos<br />

Sanctos, limitadas ao século xvi; as quaes sobre serem mui deficientes, acham-sé<br />

inquinadas de erros e inexactidões de todo o gênero, insuperáveis a quem emprehendeu<br />

pela primeira vez similhante trabalho, 'sem achar para elle prepara 1<br />

dos alguns subsídios, havendo de contentar-se com o frueto das próprias pesquizas<br />

no pouco tempo que lhe sobrava do desempenho de tantas obrigaçMs<br />

commettidas a seu cargo. 'fri<br />

.)<br />

P. LOURENÇO CRAVEIRO, Jesuíta da provincia do Brasil, mas 1 natural<br />

da villa de Torres-novas em Portugal. Foi primeiramente Presbyteró secular,<br />

e n'esse estado sahiu de Lisboa para a Bania, onde vestiu a roupetai de<br />

Sancto Ignacio de Loyola. Exerceu o cargo de Reitor em vários collegios-da<br />

sua ordem, e m. no da Bahia a 27 de Março de 1687.—E. "'<br />

142) Merenda eucharistica, e sermão que pregou no terceiro dia das'quarenta<br />

horas no collegio da Bahia, em 16 de Fevereiro de 1665. Lisboa, por Domingflí<br />

Carneiro 1677. 4.° de 28 pag.<br />

Possuo um exemplar d'éste sermão, que é notável specimen do modo como<br />

se annunciava o evangelho em Portugal e seus dominiosrno tempo em que Bourdaloue<br />

e Bossuet faziam soar suas vozes nos púlpitos de Paris I O sermão, ou<br />

merenda do nosso P. Craveiro é dividido em seis partes, ou pratos, como elle<br />

os intitula; a saber: 1.°, de galinha para os enfermos; 2.°, de codorniz para os<br />

eonvalecenles; 3.°, de cordeiro e cabrito para os mimosos; 4.°, de mtella para os<br />

sãos; 5.°, de cervo e veado para os esforçados; 6.°, de águia para os entendidosl

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