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LU 247<br />

zíra todo em verso: e por ultimo, uma ode original do traductor em louvor de<br />

Camões (pag. 221 a 224).<br />

Vejo que o sr. J. G. Monteiro não teve de certo, noticia da existência de<br />

tal traducção, nem da ode; pois se conhecesse uma e outra não teria faltado a<br />

mencional-as nos logares competentes da sua eruditissima nota ao poemeto<br />

Camões, inserto nos Eccos da Lwa Teutonica. (Yl no Diccionario, tomo iv, o<br />

n.° 3518.)<br />

7.° Luis Antônio Burgain: acerca do drama Camões já impresso, e que o<br />

sr. Visconde a pag. 404 indica não ter visto, consulte-se o presente volume do<br />

Diccionario, n.° 287. (Este nome foi, talvez inadvertidamente, incluído por<br />

s. ex. a na lista dos auctores portuguezes, bem como o de Casimiro de Abreu,<br />

brasileiro, a pag. 411.) Ha do mesmo auctor um soneto a Camões, que vem na<br />

Minerva Brasiliense, 2." serie, tomo l. u (1845), a pag. 37.<br />

8.° Alexandre José de, Mello Moraes, brasileiro, de quem haverá que falar<br />

-de espaço no Supplemento final do Diccionario: acaba de publicar, Luis de Camões'<br />

levantando o seu monumento, ou a historia de Portugal justificada pelos<br />

Lusíadas. Rio de Janeiro, Typ. de E. & H. Laemmert, sem data (porém o prólogo<br />

a tem em 20 de Agosto de 1860). 16.° de 93 pag., com o desenho lithographico<br />

do projectado monumento a Camões em Lisboa. — É um esboço da<br />

historia portugueza, formado quasi todo dos versos dos Lusíadas. (Notei no<br />

fim d'esse volume um pequeno descuido do erudito escriptor brasileiro, que<br />

deve ser rectificado. Julgou elle (pag. 89), que na fala, ou drscurso poético, que<br />

Garção põe na boca do infante D. Pedro,, rejeitando a idéa de uma estatua, que<br />

os portuguezes pretendiam erigir-lhe, o poeta se referia a D. Pedro II, quando<br />

regente no impedimento de seu irmão D. Affonso VI. Ha aqui engano manifesto.<br />

O infante de que se tracta é D. Pedro, duque de Coimbra, filho de D. João I, e<br />

regente na menoridade de D. Affonso V, e morto depois desgraçadamente na<br />

batalha de Alfarrobeira. A D. Pedro II não consta até hoje que alguém se lembrasse<br />

de levantar estatuas!)<br />

Passando agora aos auctores portuguezes, mencionados pelo sr. Visconde<br />

de pag. 315 a 415, cumpre accrescentar o seguinte:<br />

1.° D. Francisco Xavier de Menezes, quarto conde da Ericeira: tracta largamente,<br />

e por vezes, do poema de Camões, nas suas Advertências preliminares<br />

que occupam as primeiras crv (innumeradas) paginas da Henriqueida. (V. no<br />

Diccionario, tomo m, o n.° F, 1952.)<br />

2.° Francisco de Pina e de Mello: ao mencionado pelo sr. Visconde a pag.<br />

354, deve ajuntar-se, que nos prologomenos do seu poema Triumpho da Religião,<br />

(LVIII pag.), allude a miúdo aos Lusíadas, analysando, louvando, e censurando<br />

diversos passos d'esse poema, já tirando d'elle argumentos para auetorisar o seu,<br />

já declarando as razões que teve para o não seguir em algumas partes.<br />

3.° Francisco Manuel do Nascimento: os que têem alguma lição das obras<br />

d'este grande poeta sabem, que elle jamais perdeu occasião de exaltar e encarecer<br />

a gloria de Camões, quer no corpo das suas poesias, quer nas notas com<br />

que tão chistosamente costumava commental-as. Para achar testemunhos do<br />

que digo, bastará abrir ao acaso qualquer dos tomos das referidas obras. Pareoem-mq<br />

porém dignas de menção especial a Ode ao Estro, que começa: «Estro,<br />

filho de Apollo, quando desces etc.»—e outra ao sr. Agostinho Róutiez,<br />

que emprehendia a traducção de Camões, e principia: «Dá de mão á preguiça<br />

lisonjeira, etc.» Ambas são magníficos hymnos consagrados aos Lusíadas, e ao<br />

seu auctor. Uma e outra acham-se traduzidas em francez por Sane, no livro já<br />

citado. Não é possível attribuir senão a involuntário descuido, que s. ex. a deixasse<br />

de mencionar estes testemunhos, sem duvida mais notáveis e importantes<br />

que outros por elle escrupulosamente apontados.<br />

4.° Manuel Maria de Barbosa du Bocage: louva e exalta o cantor dos Lusíadas<br />

em muitos e repetidos logares das suas poesias: especialmente no bellissimo<br />

soneto» que os leitores (não o sabendo de memória, como creio acontecerá

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