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Baixar - Brasiliana USP

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LO 196<br />

merecida a reputação de bom humanista, de que gosava seu auctor, que seria<br />

(diz elle) «homem capaz de deixar-nos uma perfeita Rhetorica, se possuísse melhor<br />

gosto, e quizesse comprehender o assumpto, para que lhe davam forças a<br />

sua vastíssima lição, e egual ingenho. Mas deslizou do bom caminho, formando<br />

o seu tractado segundo o methodo que então se usava nas escholas, com o que<br />

o tornou escuro para os principiantes, e pretendeu auetorisar as suas regras com<br />

exemplos dos seus acadêmicos, que não eram para seguir. Nota-lhe principalmente<br />

os defeitos da dedicatória, toda cheia de agudezas e trocadilhos, em que as palavras<br />

parece que andam dançando; defeito mais ainda para censurar, porque<br />

apparece em uma obra, que devia destinar-se para destruir vicios, e não para<br />

os introduzir, e auetorisar com o seu exemplo.»<br />

Nos tomos n e iv da Collecção dos Documentos c Memórias da Academia<br />

Real vem algumas Contas dos estudos d'este acadêmico; e nos Progressos da<br />

Academia dos Anonymos varias obras poéticas da sua composição.<br />

•*'• ÈOURENÇO DE CACERES, Mestre e Secretario do infante D. Luis,<br />

filho d'el-rei D. Manuel, e a quem Farinha no Summario da Ribl. Lus., attribue<br />

a qualificação de Chronista-mór do reino, que de certo não teve, pois que<br />

o erudito e indagador Fr. Manuel de Figueiredo nem ao menos se julgou auctorisado<br />

a contal-o entre os chronistas duvidosos. — Foi natural da cidade de<br />

Lagos, no Algarve, e m. em 1531. — E.<br />

138) Doutrina ao infante D. Luis, sobre as condições e partes que deve ter<br />

um bom prindpe. — Este tractado sahiu primeiramente'impresso nas Provas da<br />

Historia Genealogica da C. R., tomo n, e d'ahi o copiou Bento José de Sousa<br />

Farinha para a Philosophia de Príncipes, onde oecupa grande parte do tomo i.<br />

139) Tractado dos trabalhos dos reis. — Existia inédito nas livrarias dos<br />

Duques de Lafões e Cadaval, conforme o testemunho de Barbosa. Becordo-me<br />

de havel-o visto modernamente impresso, talvez em alguma collecção periódica,<br />

ou em outra parte, que não é possível indicar com exactidão, por falta dos<br />

apontamentos necessários.<br />

• D. LOURENÇO CORRÊA DE SÁ, Clérigo secular, Prelado da sancta<br />

Egreja patriarchal de Lisboa, eleito Bispo do Porto em 1793, e sagrado a 21 de<br />

Maio de 1796. Morreu em 1798. —E.<br />

140) Carta pastoral do ex. mo e rev. m0 Bispo do Porto aos seus diocesanos.<br />

Lisboa, na Offic. de Antônio Rodrigues Galhardo 1796. 4.» de 14 pag.<br />

Tenho um exemplar d'esta pastoral, creio que pouco vulgar, e notável sobretudo<br />

pelo modo enfunado com que o pastor se dirige ás suas ovelhas portuenses,<br />

alardeando os títulos de sua alta nobreza, para não ser tido por homem<br />

de pouco mais ou menos! Parece-me tão curioso o documento, que mal sei resistir<br />

ao desejo de tornal-o mais conhecido, transcrevendo parte do seu exordio:<br />

«D. Lourenço Corrêa de Sá, pela graça de Deus, etc A todos os nossos<br />

« súbditos, saúde e paz, etc.—O nosso enamamento, amados filhos, ao augusto,<br />

« perigoso ministério de suecessor dos apóstolos, e de um logar-tenente do chefe<br />

«essencial de toda a ordem apostólica em a nossa diocese, é uma das grandes<br />

« maravilhas da omnipoterteia. Nós, é verdade que não fomos tirados da hu-<br />

« milde sorte de pescadores, como os de Galiléa (!!!). Sem falar d'essas differen-<br />

« ças que o primeiro movedor de todas as cousas tem inspirado para distin-<br />

« guir entre si a suppostos naturalmente eguaes, na boa intenção da paz e har-<br />

« monia civil das sociedades políticas, nós já estávamos acima do vulgar hon-<br />

« rados da funeção dos altares, do divino serviço, e da distribuição dos myste-<br />

« rios. E mesmo então, que pezo não sentíamos nós já na assegurança de res-<br />

« ponder algum dia de nossos deveres, etc, etc<br />

LOURENÇO CRAESREECR, filho do mui conhecido impressor Pedro<br />

Craesbeeck, de cujos prelos sahiu a maior parte das edições feitas em Lisboa

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