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LU
FR. LUIS DE SANCTA THERESA (2.°), Carmelita descalço, de cujas
circumstancias nada mais pude apurar. 0 seu nome foi omittido por Barbosa
na Bibl.—E.
792) Tractado de geometria practica e portugueza, em que se tracta da definição
das linhas, e do modo e fôrma de traçar as figuras rectilineas e curvüineas,
e de medir quaesquer figuras, tanto de corpos sdidos, como de superfícies.
Coimbra, por Antônio Simões Ferreira 1761. 8.°—É livro pouco vulgar, e ainda
menos procurado.
FB. LUIS DE SANCTO THOMÁS, Franciscano da provincia da Arrabida,
cuja naturalidade e mais circumstancias me são ainda desconhecidas.—E.
793) Sermão do nvsso seráphico padre S. Francisco, e Oração de Sapiência,
recitada na abertura da nova academia de Mafra em 4 de Outubro de 1792. Lisboa,
na Offic. de Antônio Rodrigues Galhardo 1792. 4.° de 32 pag.
LUIS TORQUATO DE LEMOS FIGUEIREDO, Official da Secretaria
d'Estado dos Negócios da Fazenda, e Administrador geral da Imprensa Nacional
em 1822, etc.
Pessoas que se dizem bem informadas porfiam em attribuir-lhe a composição
das três celebradas epístolas, que algum tempo correram manuscriptas
com o titulo Verdades singelas ou Cartas a Anelio, e que apparecendo depois
impressas sob o de Voz de Razão, têem passado na opinião commum, até agora
não contestada em publico, por obra de José Anastasio da Cunha. Já no artigo
relativo a este nosso insigne mathematico (Diccionario, tomo iv) disse o que
me occorria sobre o ponto, expondo as razões que tornam de algum modo duvidosa,
ou menos provável, a paternidade que se lhe ha querido conferir d'aquella
produeção irreligiosa. Mas d'aqui á possibilidade de determinar com certeza
quem fosse o auctor das cartas, vai ainda larga distancia que não estou por
agora habilitado a vencer.
Registo pois n'esté logar simplesmente o facto, tal qual me foi aílrrmado,
sem dar-lhe ou negar-lhe assenso. Quem se der ao trabalho de examinar uma
poesia, também em quadras octosyllabas, impressa posthuma em nome de Luis
Torquato no Ramalhete, tomo iv, começada a pag. 95 e concluída a pag. 112,
poderá conjecturar á vista d'ella, se o seu auctor haveria a capacidade e estylo
próprios para escrever a Voz da Razão.
LUIS DE TORRES DE LIMA, Commendador da Ordem de Christo,
e senhor do morgado da Lardeira.—Ignora-se a sua naturalidade, bem como as
datas do seu nascimento e óbito. Farinha no Summario da Bibl. Lusitana traz
errado o nome d'este escriptor, chamando-o Luis de Sousa de Lima.—E. ,
794) (C) Compêndio das mais notáveis cousas que «o reino de Portugal
aconteceram, até o anno de 1627, com outras cousas tocantes ao bom governo e
diversidade de estados. Lisboa, por Pedro Craesbeeck 1630. 8.»—O pseudo-Catalogo
da Academia menciona erradamente esta edição como de 16z7, quando
tal não ha.—Reimprimiu-se em Coimbra, por Miguel Dias 1654.8.° de xxiv-486
pag., edição de que tenho um exemplar comprado por 480 réis. Foi na terceira
edição (Lisboa, por Paschoal da Silva 1722. 8.°) que pela primeira vez se imprimiu
a segunda parte d'esta obra, para cuja publicação (diz Rarbosa) havia
negado licença o governo de Castella.
Ambas as partes foram reproduzidas em quarta edição, com o titulo: Avisos
do Ceo, successos de Portugal, com as mais notáveis cousas que aconteceram,
etc Lisboa, na Offic. de Manuel Antônio Monteiro 1761. 8.° 2 tomos. Sahiu por
industria do próprio impressor, que a dedicou ao duque de Cadaval D. Nuno
Caetano Alvares Pereira de Mello. N'esta (e não sei se já na precedente) supprimiram
o Prólogo dedicatória do auctor ao reino, é nobreza d'elle, que ainda
apparece na segunda citada de 1654.