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246 LU<br />

no que fica dito matéria sobeja, que me serve de justificação, e abona a tarefa<br />

ingrata e espinhosa que me impuz de patenteal-os, pelas razões já referidas.<br />

Antes de passar á descripção das edições até hoje conhecidas das obras do<br />

poeta, e das versões que d'estas se fizeram para differentes línguas, darei aqui<br />

a resenha do que occorre para addicionar ás divisões sexta e septima do trabalho<br />

do sr. Visconde, isto é, á relação dos auctores estrangeiros e nacionaes, que<br />

tractaram de Luis de Camões, ou escreveram composições em seu louvor.<br />

Cumpre, pois, ajuntar aos estrangeiros alli mencionados:<br />

1.° D. Fernando Alvia de Castro, nos seus Aphorismos y exemplos sacados<br />

de Ia primera Década de Barros. Lisboa, 1621. 4.° •«- Ahi a pag. lo-fala de Camões<br />

com grandes elogios, e affirma que elle « morrera miseravelmente em um<br />

hospital d'esta cidade.» O que na falta de outras, seria prova suficiente de<br />

que havia aquelle tempo em Lisboa diversos hospitaes. Note-se que isto era escripto<br />

quarenta e um annos depois do falecimento do poeta, e por quem fora<br />

provavelmente seu contemporâneo.<br />

2.° Fernando de Herrera, que imitou o soneto xix do nosso poeta « Alma<br />

minha gentil, que te partiste, etc.» em outro que anda nas suas Rimas (e vem<br />

a pag. 110 do tomo n da edição feita por D. Ramon Fernandez, Madrid, 1786,<br />

que é a do meu uso). Começa:<br />

- Alma bella, que en este oscuro velo<br />

« Cubriste un tiempo tu vigor luciente, etc. »<br />

3.° J. Esménard, no poema La Navigation, Paris 1805, 8.° gr. 2,tomos.—<br />

No tomo i, canto rv (pag. 167 a 171), descrevendo a viagem de Colombo, imita<br />

a seu modo, como elle declara, o episódio do Adamastor.—No tomo ir, notas<br />

do canto v (pag. 41 a 44), vem uma breve noticia acerca de Camões, e uma rápida<br />

apreciação dos Lusíadas.<br />

4.°* A. M. Sane, Poésie lyrique portugaise, ou choix des Odes de Francisco<br />

Manoel, traduites em français, etc, avec des notes historiques, geographiques et<br />

litteraires, Paris, 1808, 8. u gr. de xcir-344 pag., fala de Camões em vários lo-<br />

ares das suas notas, sempre corri os merecidos louvores, especialmente na nota<br />

1) á ode l. a , pag. 290. — « Camoens (diz elle), 1'Homère portugais, le Racine<br />

f<br />

«de Ia poésie portugaise, le précurseur et le modele de Tasse, l'un des plus<br />

«grands poetes qui aient paru sur le glóbe, » etc, etc.—Ahi mesmo allude a<br />

uma traducção, ou imitação feita em versos francezes do episódio do canto x,<br />

•relativo ao naufrágio de Camões nas costas de Camboja (que elle confunde<br />

equivocadamente com Cambaya), feita, digo, por Mr. Desorgues, em uma obra<br />

que pão pude vêr, intitulada Les Fétes du Génie, e d'ella transcreve um fragmento.<br />

Esta obra de Mr. Desorgues é também, segundo parece, desconhecida<br />

de s. ex. a<br />

5.° De Capeval, no seu Parnasse, canto v. É citado por J. M. da Costa e<br />

Silva em uma nota a pag. 86 do tomo r da sua versão da Imaginação de Delille;<br />

e ahi mesmo transcreve o trecho original dos vinte e dous versos, que o<br />

poeta francez consagrou ao louvor dos Lusíadas.<br />

6.° Victor de Perrodil, Études épiques et dramatiques, ou nouvelle traduetion<br />

en vers des chants les plus célebres des poemes d'Homére, de Virgile, du Camoens<br />

et du Tasse, avec le texte en regard et des notes. Paris, 1835. 8.° gr. de vm-408<br />

pag., com os retratos dos quatro poetas.—Boa parte d'este livro, de-que o<br />

sr. visconde não alcançou, ao que parece, algum conhecimento, é particularmente<br />

consagrado ao nosso épico. Além da versão completa do canto v dos Lusíadas<br />

em oitavas francezas rythmadas, que oecupa de pag. 141 a 211, vem em<br />

seguida (pag. 212 a 224) uma extensa nota, em qire* Mr. Perrodil fala com enthusiasmo<br />

de Camões e do seu mérito, censurando acremente Voltaire pela in-'<br />

justiça com que se houve a respeito d'elle. Apresenta a versão, também em oitavas,<br />

das primeiras três estâncias dos Lusíadas; cujo primeiro canto diz tradu-

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