EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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“Meu marido e meu filho tocam bateria. Eu fiz algumas aulas de violão, mas
vi que não tinha talento.”
"Minha família toda toca, mas eu não tenho essa veia."
“Tentei tocar violão, mas não deu certo. Acho lindo. Tenho um primo que
toca teclado.”
Observamos nessas falas a representação de que para vivenciar a música é preciso
ter um dom, um talento, algo sobrenatural intrínseco a algumas pessoas. Segundo Queiroz
(2003, p.14), essa visão da musicalidade humana é “bastante estreita e não faz jus à realidade
da relação do homem com a música”. Fundamentado nos pensamentos de Zucherkandl (1976
apud QUEIROZ, 2003), o autor defende que
(...) musicalidade não é propriedade de indivíduos, mas atributo essencial da
espécie humana. A implicação é que não alguns homens são musicais
enquanto outros não o são, mas que o homem é um animal musical, isto é,
um ser predisposto à música e com necessidade de música, um ser que para
sua plena realização precisa expressar-se em notas musicais e deve produzir
música para si mesmo e para o mundo. Neste sentido, musicalidade não é
algo que alguém pode ou não ter, mas algo que – junto com outros fatores –
é constitutivo do homem (p. 14).
Violão e piano foram os instrumentos musicais de maior preferência entre os
educadores. Também foram citados cavaquinho e bateria. Samba, MPB, clássico, new age,
rock pop, sertanejo, eletrônica e blues foram os estilos evidenciados por este grupo. Elis
Regina, João Gilberto, Nara Leão, Marisa Monte, Djavan, Zeca Pagodinho, Kid Abelha e
Biquini Cavadão foram os compositores/cantores mais destacados. Esses dados demonstram
um grupo de gosto musical bem variado, com ênfase na MPB.
No grupo II, a partir das repostas dadas, duas categorias foram constituídas:
1) Nenhuma: quatro educadores relataram que nunca tiveram nenhuma
experiência musical.
“Não tenho experiências. Mas gosto de cantar, gosto de ouvir piano. Ele
ensina a ser educada.”
“Nunca tive experiência relacionadas com a música.”
“Nem eu, nem ninguém da minha família tivemos experiências com a
música. Mas gosto muito.”