EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
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Figura 1 - Processos Grupais <strong>em</strong> Musicoterapia<br />
O primeiro gráfico retrata o inicio de um grupo formado por seis participantes, um<br />
musicoterapeuta e um co-terapeuta. Para Ribeiro (1994), <strong>em</strong> grupos com até oito participantes<br />
normalmente não há necessidade de um co-terapeuta; mas é aconselhável para aqueles grupos<br />
de longa duração e com mais de doze participantes. Nota-se, no entanto, que essa ponderação<br />
é extr<strong>em</strong>amente variável ao considerar a clientela que será atendida, já que determinados<br />
grupos exig<strong>em</strong> maior cuidado e atenção dependendo da faixa etária, dos transtornos ou<br />
necessidades envolvidos, sendo <strong>em</strong> alguns destes, significativa a presença de um co-terapeuta.<br />
A esse respeito, Yalom (2006) alerta para o risco dos terapeutas, no momento da<br />
composição dos grupos, não se atentar<strong>em</strong> para questões ligadas à diversidade nas dimensões<br />
interpessoais, cognitivas e culturais dos m<strong>em</strong>bros e caír<strong>em</strong> <strong>em</strong> uma abordag<strong>em</strong> simplista e<br />
ineficiente quanto a um “tamanho único” relativa à formação de grupos. Faz-se necessário<br />
investir t<strong>em</strong>po e energia na seleção de clientes para a terapia de grupo, já que a composição de<br />
um grupo afeta radicalmente o seu caráter.<br />
Em musicoterapia, pelo fato de a música afetar o indivíduo de forma intensificada,<br />
podendo desencadear processos regressivos e mesmo pela multiplicidade de ações que<br />
ocorr<strong>em</strong> no setting musicoterapêutico, é comum a presença de um co-terapeuta mesmo<br />
tratando-se de um grupo com um número reduzido de m<strong>em</strong>bros 13 .<br />
As musicoterapeutas Brandão e Leão (1998, p.37) ressaltam, no entanto, que<br />
trabalhar <strong>em</strong> dupla é um desafio, e para que essa “química” funcione, aspectos como<br />
confiança, respeito, <strong>em</strong>patia, segurança são fundamentais. Apesar da presença de dois<br />
13 Em alguns casos clínicos, como relatado por Brandão e Leão (1998), mesmo <strong>em</strong> atendimentos individuais a<br />
presença de um co-terapeuta pode ser eficiente.