EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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para observações e coleta de dados empíricos, afim de conhecer o desenvolvimento das
experiências diárias dos educadores em seu contexto natural, examinando também a realidade
social.
Posteriormente a essas visitas, fez-se a triagem dos participantes da pesquisa e
dois grupos foram formados. Em seguida, foram realizados oito atendimentos 22 com o grupo I
e nove atendimentos com o grupo II. No intuito de encerrar o trabalho e motivar uma
aproximação entre os participantes, o último atendimento foi realizado com os dois grupos em
conjunto. Assim, foram realizados um total de 18 atendimentos, em um período de três meses.
Durante todo o trabalho, a pesquisadora responsável por esta pesquisa
desempenhou o papel de coordenadora do grupo nos encontros musicoterapêuticos, contando
com a presença e colaboração de uma co-terapeuta.
3.6.2 A pesquisadora-participante na pesquisa
A respeito da co-terapia, Ribeiro (1994) comenta que “duas pessoas atentas ao
fenômeno grupal se completam, vendo a situação de uma maneira mais ampla e integrada,
resultado da própria experiência diversa e pessoal de cada um” (p.88). Portanto, estando dois
terapeutas juntos e expostos à mesma situação clínica, uma comparação de suas reações
permite uma discriminação mais clara entre suas próprias respostas subjetivas e avaliações
objetivas das interações (YALOM, 2005).
Partindo dessas concepções, a pesquisadora responsável convidou uma
musicoterapeuta 23 para participar como co-terapeuta da pesquisa para auxiliá-la nos encontros
musicoterapêuticos e na observação dos mesmos, e participando, também, da etapa de análise
musicoterapêutica.
3.6.3 Etapas da coleta de dados
a) Realização da Entrevista semiestruturada com os educadores sociais
22 O fato do grupo I ter tido apenas oito atendimentos deve-se ao não comparecimento de todos os integrantes em
uma sessão.
23 Fernanda Ortins Silva, profissional graduada em Musicoterapia pela Universidade Federal de Goiás.