EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
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transmissão quantitativa do conhecimento, comprometendo-se com uma formação integral do<br />
educando.<br />
A palavra professor significa aquele que professa, que ensina, r<strong>em</strong>etendo à ideia<br />
de alguém que é detentor do saber. Educador v<strong>em</strong> da palavra educação, do latim educare e ou<br />
ex, que significa de dentro de, para fora, e ducere, que significa tirar, levar.<br />
Etimologicamente, portanto, a educação é entendida como o processo de tirar de dentro de<br />
uma pessoa algo que já está dentro dela, ou levar para fora da pessoa aquilo que está presente<br />
nela mesma. Para essa ação prioriza-se uma forma relacional de ensino, <strong>em</strong> que a afetividade<br />
é valorizada e acredita-se no potencial inerente do aluno.<br />
Alves (1986), <strong>em</strong> uma poética analogia, relaciona o educador ao jequitibá e o<br />
professor ao eucalipto. A primeira árvore se estabelece no mundo dos mistérios, a segunda, no<br />
mundo da organização, das instituições, das finanças. O autor esclarece que<br />
os educadores são como as velhas árvores. Possu<strong>em</strong> uma face, um nome,<br />
uma “estória” a ser contada. Habitam um mundo <strong>em</strong> que o que vale é a<br />
relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno é uma “entidade” sui<br />
generis, portador de um nome, também de uma “estória”, sofrendo tristezas<br />
e alimentando esperanças. E a educação é algo para acontecer nesse espaço<br />
invisível e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal. Mas<br />
professores são habitantes de um mundo diferente, onde o “educador” pouco<br />
importa, pois o que interessa é um “crédito” cultural que o aluno adquire<br />
numa disciplina identificada por uma sigla, sendo que, para fins<br />
institucionais, nenhuma diferença faz aquele que a ministra. (...) De<br />
educadores para professores realizamos o salto de pessoa para funções<br />
(ALVES, 1986, p.13).<br />
A partir dessas ponderações, torna-se compreensível o uso do termo educador<br />
para esses profissionais, como também a aproximação de suas práticas aos órgãos e serviços<br />
ligados à Assistência e Serviço Social, mais do que propriamente aos da Educação, como<br />
visto nos ex<strong>em</strong>plos supracitados dos órgãos responsáveis pela organização de concursos<br />
públicos para o cargo de educador social.<br />
Nessa perspectiva, Libâneo (2006) pondera que<br />
um professor é um pedagogo, mas n<strong>em</strong> todo pedagogo precisa ser professor.<br />
(...) Precisamente pela abrangência maior do campo conceitual e prático da<br />
Pedagogia como reflexão sist<strong>em</strong>ática sobre o campo educativo, pode-se<br />
reconhecer na prática social uma imensa variedade de práticas educativas,<br />
portanto uma diversidade de práticas pedagógicas. Em decorrência, é<br />
pedagoga toda pessoa que lida com algum tipo de prática educativa