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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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Os participantes fizeram referência sobre como as outras pessoas viam a<br />

musicoterapia: alguns questionavam a eficácia do trabalho e outros ficavam curiosos para<br />

saber o que acontecia nos encontros. Helena mostrou uma postura defensora e comentou que<br />

havia contado para o seu médico que estava fazendo essa terapêutica.<br />

Depois desse momento de acolhimento, propus<strong>em</strong>os aos participantes que<br />

procurass<strong>em</strong> refletir sobre o ambiente de trabalho e as diferentes relações que ali se<br />

estabeleciam: entre técnicos, monitores, adolescentes e policiais, e aplicamos a técnica da<br />

dramatização musical, tal como com o grupo I.<br />

Um fato interessante ocorreu: o grupo nos perguntou se poderíamos ficar do lado<br />

de fora da sala enquanto eles se organizavam, já que queriam fazer uma surpresa.<br />

Consentimos com o pedido e combinamos um t<strong>em</strong>po para a realização desta tarefa.<br />

Os personagens ficaram distribuídos da seguinte maneira: Beatriz como monitora;<br />

Rodrigo como adolescente; Talita como técnica; Leandro como policial e Helena como mãe<br />

do adolescente. O grupo decidiu não selecionar um integrante para ficar responsável pela<br />

produção sonora, mas alguns personagens escolheram instrumentos musicais para ser<strong>em</strong><br />

usados durante a cena.<br />

A cena teve início com a mãe, <strong>em</strong> casa, preocupada com seu filho adolescente,<br />

que há alguns dias não dava notícias. Em seguida, o filho cometeu um furto e, flagrado por<br />

um policial, correu <strong>em</strong> direção a sua casa. O policial, que portava uma arma, disse que iria<br />

prendê-lo, mas o adolescente negou o ato e afirmou ser um engano. A mãe, bastante exaltada,<br />

tentou impedir a ação do policial, dizendo que ele usava de violência, mas o policial levou o<br />

adolescente para a instituição de privação de liberdade. Nesse momento, Leandro começou a<br />

tocar o agogô. A técnica recebeu o adolescente e lhe informou sobre como seriam seus dias<br />

ali. Após esse contato, a monitora levou-o para o seu alojamento e deu novas recomendações.<br />

A técnica entrou <strong>em</strong> contato com a mãe e esta, pedindo um vale transporte <strong>em</strong>prestado, foi até<br />

a instituição visitar o filho, finalizando a cena.<br />

Os participantes se preocuparam <strong>em</strong> caracterizar b<strong>em</strong> os personagens, alterando<br />

até mesmo a postura e o linguajar. O instrumento utilizado para a representação da arma foi a<br />

flauta doce e Rodrigo chegou a segurar um tamborim no momento do furto, mas não <strong>em</strong>itiu<br />

nenhum som. Quando Leandro tocou o agogô, explicou posteriormente que “depois que o<br />

policial entrega o menino na unidade, ele vai tocar um instrumento que é pra extravasar!”,<br />

dizendo ainda que fora difícil estar neste papel, já que todos esperavam que o policial<br />

resolvesse a situação.

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