EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
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No primeiro encontro do grupo I, realizamos uma apresentação através do canto.<br />
Seguimos com a construção do contrato terapêutico, a aplicação da técnica do sociograma 26 e,<br />
ao final, uma dança circular.<br />
Dos doze participantes esperados, cinco estiveram presentes: Bruno, Catarina,<br />
Denise, Júlia e Walter. Amanda, apesar de ter sido entrevistada e se comprometer a participar<br />
dos encontros, teve dificuldades <strong>em</strong> conciliar o horário dos encontros com outros<br />
compromissos pessoais e comunicou que não iria participar mais da pesquisa. Mônica ligou<br />
um t<strong>em</strong>po antes deste primeiro encontro, justificando a sua ausência devido a probl<strong>em</strong>as de<br />
saúde, mas afirmou que estaria presente no encontro seguinte. No entanto, não compareceu a<br />
nenhum de nossos encontros.<br />
Iniciamos o encontro um pouco atrasados por optarmos por esperar, caso algum<br />
educador estivesse a caminho. O grupo apresentou rigidez e tensão corporal, pouca<br />
intensidade vocal e conversas paralelas (cochichos) entre os participantes que já se<br />
conheciam. Perceb<strong>em</strong>os que a sala, pela sua extensão, e o uso de carteiras favoreceram esses<br />
comportamentos.<br />
Focada nos objetivos desse primeiro encontro, que eram promover a apresentação<br />
pessoal e criar um clima positivo permitindo que os m<strong>em</strong>bros se familiarizass<strong>em</strong> uns com os<br />
outros, a técnica do sociograma favoreceu para que novos dados sobre os participantes foss<strong>em</strong><br />
compartilhados.<br />
No fechamento do encontro, a improvisação corporal livre, guiada por uma<br />
música com ritmo mais acelerado e vibrante, gerou descontração e os participantes pareceram<br />
mais à vontade naquele ambiente, apresentando maior leveza corporal ao movimentar<strong>em</strong>-se,<br />
ampliação dos gestos, falas mais soltas e risos. Notamos ainda que durante essa dança<br />
surgiram “movimentos espelhos”, isto é, um participante criava um gesto e os outros o<br />
imitavam, até o surgimento de um novo gesto iniciado por outro participante. Esses<br />
movimentos pod<strong>em</strong> ser compreendidos como uma forma encontrada pelos educadores para se<br />
sentir<strong>em</strong> mais confiantes, seguros para improvisar<strong>em</strong> e ainda suger<strong>em</strong> uma validação do<br />
outro, comum nessa fase inicial do grupo.<br />
26 Essa é uma técnica utilizada na abordag<strong>em</strong> psicodramática, <strong>em</strong> que por meio de perguntas sobre diferentes<br />
t<strong>em</strong>as procura-se evidenciar as s<strong>em</strong>elhanças e diferenças entre os participantes de um mesmo grupo, como por<br />
ex<strong>em</strong>plo: cidade de orig<strong>em</strong>, profissão, preferências de esportes, alimentos e atividades de lazer (MONTEIRO,<br />
1993).