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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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mostra como a identidade do educador social é complexa, no sentido de possibilidades<br />

variadas de atuação, ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que revela a necessidade de se refletir e definir o<br />

território da Educação Social.<br />

Essa realidade, no entanto, não rompe com a necessidade da figura do educador<br />

social <strong>em</strong> nossa sociedade, mas, ao contrário, fortalece a importância desse profissional que<br />

veio substituir figuras repressivas e assistencialistas que o precederam, cuidando daqueles que<br />

são excluídos pelo sist<strong>em</strong>a.<br />

Dessa forma, os chamados “excluídos” precisam de um investimento supl<strong>em</strong>entar<br />

para que exerçam seus direitos na sociedade e tenham a possibilidade de um desenvolvimento<br />

pessoal. Esse investimento deve ser realizado pelo educador social. E nessa perspectiva, a<br />

figura do educador torna-se inseparável do avanço da consciência de direito.<br />

Caliman (2009) entende que<br />

o trabalho do educador social <strong>em</strong>erge, pois, como uma necessidade da<br />

sociedade industrializada, enquanto nela se desenvolve situações de risco e<br />

mal estar social que se manifestam nas formas da pobreza, da marginalidade,<br />

do consumo de drogas, do abandono e da indiferença social (p.54).<br />

Portanto, <strong>em</strong> geral, esse profissional toma conhecimento da necessidade de<br />

certas competências e habilidades e da própria dimensão de sua atuação através do contato<br />

com o campo, ou <strong>em</strong> processo contrário, ao refletir sobre sua prática percebe que esta se<br />

encontra nas fronteiras da Educação Social.<br />

Por isso, é mister uma formação específica, diferenciada para o educador social.<br />

Ribeiro (2009) pontua que não se trata de preparar um professor para aplicar um currículo<br />

dentro de uma instituição social, ou perceber os jovens como qu<strong>em</strong> deve adaptar-se a esse<br />

currículo e à educação escolar, n<strong>em</strong> mesmo promover uma educação vazia de conteúdos. Para<br />

ela, o educador social subverte essa lógica, já que os conteúdos dev<strong>em</strong> ser deliberados<br />

coletivamente a partir de questões e necessidades dos educandos na qualidade de sujeitos<br />

sociais.<br />

Todavia, cabe aqui suscitar uma reflexão acerca do uso do termo educador ao<br />

invés de professor. A prática do educador social configura-se como algo dinâmico, fluído.<br />

Não há um espaço n<strong>em</strong> um t<strong>em</strong>po determinado ao aprendizado, no sentido que este pode ser<br />

realizado <strong>em</strong> todo espaço e <strong>em</strong> todo t<strong>em</strong>po. Sua ação vai além da técnica, do enfoque na

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