EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
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estados <strong>em</strong>ocionais os mais variados que, expressos, levam a novos<br />
questionamentos, à fabricação de outros corpos.<br />
Assim, no início desta pesquisa, a produção de corpos sonoros e subjetividades de<br />
um grupo de educadores sociais configurava-se como o eixo principal da investigação.<br />
Entretanto, a busca por uma fundamentação teórica <strong>em</strong> ressonância com os dados coletados<br />
no campo fez com que novos el<strong>em</strong>entos foss<strong>em</strong> acrescidos à proposta. Ressalta-se que este<br />
acréscimo só foi possível por tratar-se de uma pesquisa qualitativa, que se desenvolve na<br />
interação dinâmica com o objeto de estudo.<br />
Observou-se, no decorrer da pesquisa, a necessidade de dar atenção não somente<br />
às d<strong>em</strong>andas específicas dos educadores sociais e às subjetividades evidenciadas, mas<br />
também ao contexto social e suas probl<strong>em</strong>áticas. Então, percebeu-se que as teorias das<br />
representações sociais, enfocadas tanto pela História Cultural como pela Psicologia Social,<br />
romp<strong>em</strong> com a tendência de separar os fenômenos psíquicos dos fenômenos sociais e<br />
oferec<strong>em</strong> a possibilidade de não se abandonar a dimensão social <strong>em</strong> função da individual.<br />
Assim, nessa concepção, não existe indivíduo s<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>a, n<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>a s<strong>em</strong><br />
indivíduo. Propõe-se um olhar sobre a relação entre os dois, sendo que as dimensões<br />
cognitiva, afetiva e social estão presentes na própria noção de representações sociais, uma vez<br />
que tanto diz<strong>em</strong> respeito à construção de saberes sociais quanto sustentam um caráter<br />
simbólico e imaginativo. Portanto, “as representações sociais e os comportamentos a elas<br />
associados permit<strong>em</strong> analisar por que os eventos sociais ocorr<strong>em</strong> e como os objetos sociais<br />
são construídos” (WAGNER, 1995, p. 181).<br />
Procurou-se, então, investigar como a Musicoterapia pode contribuir na<br />
construção de corpos sonoros e subjetividades de educadores sociais que atuam <strong>em</strong> centros de<br />
internação e atendimento para adolescentes autores de atos infracionais, visando identificar as<br />
experiências musicais/musicoterapêuticas como campo do representacional.<br />
O presente trabalho estruturou-se da seguinte forma: no Capítulo 1, apresentam-se<br />
questões relativas à Educação Social, conteúdo e objeto da Pedagogia Social, considerando-se<br />
suas matrizes históricas. Tratam-se, também, sobre as medidas socioeducativas, estabelecendo<br />
relações com os adolescentes e seus atos infracionais. E por fim, neste capítulo, coloca-se <strong>em</strong><br />
foco o educador social, sua formação e identidade, b<strong>em</strong> como suas relações interpessoais no<br />
contexto institucional.