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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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Figura 4 - Ritmo realizado durante a improvisação musical - Grupo I<br />

Em seguida, pararam de tocar, conversaram um pouco e riram. Alguns olharam<br />

para trás, como se estivess<strong>em</strong> esperando algum comando, s<strong>em</strong> saber o que fazer. O grupo<br />

recomeçou a tocar, com uma intensidade menor. Muitos, com a cabeça baixa, voltaram o<br />

olhar para o chão. A intensidade foi aumentando e o ritmo, se tornando mais acelerado.<br />

Sonoramente, perceb<strong>em</strong>os uma estruturação, uma construção mais combinada. E então, o<br />

grupo pareceu se cansar outra vez e parou. Walter, no entanto, percutiu seu instrumento<br />

insistent<strong>em</strong>ente. O grupo riu. Júlia o acompanhou com seu sino, enquanto os outros apenas<br />

observaram. Sandra decidiu acompanhá-los, tocando seu chocalho suav<strong>em</strong>ente. Até que todos<br />

voltaram a tocar mais uma vez. S<strong>em</strong> que houvess<strong>em</strong> finalizado, mas por notarmos um aspecto<br />

de desinteresse e conversas paralelas, decidimos solicitar ao grupo que encerrass<strong>em</strong>.<br />

Durante o processamento, o grupo d<strong>em</strong>onstrou bastante interesse sobre os nomes<br />

dos instrumentos e ficamos algum t<strong>em</strong>po envolvidos com essa questão. No entanto, ao<br />

perguntarmos sobre a escolha do instrumento, a maioria pareceu se esquivar e não encontrou<br />

s<strong>em</strong>elhanças. Mariana e Catarina comentaram então que quiseram ter algumas ações, mas não<br />

chegaram a realizá-las:<br />

“deu vontade de tocar mais forte, né? Eu até tentei, mas eu preciso respeitar<br />

o grupo, né? O ritmo do grupo. É aquela coisa de... t<strong>em</strong> hora que você t<strong>em</strong><br />

que se conter, né? Não vai pelos impulsos.” (Mariana)<br />

“teve uma hora que deu vontade de levantar e sambar. Então pensei: eu não<br />

vou levantar não...” (Catarina)<br />

Quando conduzimos essa mesma questão, “ter vontade de fazer, mas não<br />

realizar”, para o ambiente de trabalho, Walter e Sandra explicaram que:<br />

“é, na maioria das vezes é assim, até por uma questão de segurança né?<br />

Existe um pouco disso. Para manter a segurança do grupo. Porque você<br />

está <strong>em</strong> um ambiente que existe um risco. Pequeno, mas ele existe. Pode ter<br />

uma rebelião? Pode. Então t<strong>em</strong> que ter cuidado. Você vê que t<strong>em</strong><br />

possibilidade de fazer mais, mas você t<strong>em</strong> que voltar porque se você for

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