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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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transforma o imaginário de um povo ou grupo social, se consistindo <strong>em</strong> um dos suportes<br />

representativos desse imaginário. Assim, pode ser dito que a música é constituída por<br />

el<strong>em</strong>entos atuais, residuais e latentes, assim como é constituída pelas dimensões real, utópica<br />

e ideológica do imaginário que incorpora e ajuda a efetivar, o que possibilita observar<br />

constantes e diferentes processos de ressignificação.<br />

Toda essa potencialidade da música, utilizada <strong>em</strong> ambiente terapêutico por um<br />

profissional musicoterapeuta, mobiliza e revela investimentos afetivos, perceptivos e<br />

cognitivos, o que pode conduzir o cliente a uma maior compreensão de si mesmo e da<br />

realidade que o cerca. Assim, nos próximos itens pretende-se explorar esses aspectos da<br />

música <strong>em</strong> Musicoterapia, apresentar alguns dos princípios norteadores dessa terapêutica,<br />

b<strong>em</strong> como delinear algumas considerações acerca desse espaço como um campo do<br />

representacional.<br />

2.3 – Musicoterapia: encontro entre a música e a terapia<br />

Como o próprio nome propõe, a Musicoterapia é uma fusão entre música e<br />

terapia. Trata-se ao mesmo t<strong>em</strong>po de uma arte, uma ciência e um processo interpessoal que<br />

estuda a relação do hom<strong>em</strong> com o som/música (BRUSCIA, 2000).<br />

No entanto, apesar de a música ser utilizada com objetivos terapêuticos desde a<br />

antiguidade, pelos gregos, ela se tornou efetivamente um el<strong>em</strong>ento terapêutico após a<br />

Segunda Guerra Mundial. Hospitais norte-americanos de veteranos de guerra recebiam<br />

músicos para tocar e cantar, e os médicos começaram a perceber consideráveis melhoras na<br />

saúde integral desses indivíduos a partir dessa atividade. Surgia, então, a necessidade de se<br />

formar um profissional que fosse músico e também terapeuta, o musicoterapeuta<br />

(WAZLAWICK, 2004; SILVA JÚNIOR, 2008).<br />

De acordo com Moura Costa (2005), o corpo teórico da Musicoterapia foi<br />

construído a partir de outras disciplinas - como ocorre <strong>em</strong> qualquer outra ciência – que,<br />

integradas à música, foram metabolizadas <strong>em</strong> um novo e inconfundível campo do<br />

conhecimento. No Século XXI, a Musicoterapia pode ser considerada um campo autônomo,<br />

cujos profissionais compõ<strong>em</strong> equipes multi, inter e transdisciplinares, como também atuam<br />

individualmente, obtendo resultados significativos, por meio de métodos e técnicas cada vez<br />

mais específicas.

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