EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
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a educação social deve, antes de mais nada, ajudar a ser e a conviver com os<br />
outros: aprender a ser com os outros e a viver juntos <strong>em</strong> comunidade.<br />
Portanto, os objetivos que persegue a educação social poderiam sintetizar-se<br />
no contributo para que o indivíduo se integre no meio social que o envolve,<br />
mas com capacidade crítica para o melhorar e o transformar (ORTEGA,<br />
1999, p.98).<br />
1.3 - Caminhos da Educação Social na Sociedade Brasileira<br />
O Brasil é um país de vasta extensão territorial, constituído por diferentes culturas<br />
e reconhecido mundialmente por seus severos índices de desigualdade social. Pobreza,<br />
segregação, preconceito, discriminação étnica, econômica, política e cultural, além da forte<br />
incidência de corrupção, traz<strong>em</strong> à história da sociedade brasileira uma tradição <strong>em</strong> ações de<br />
caráter sociopedagógico.<br />
De acordo com Silva et al (2009),<br />
no Brasil, os contornos iniciais da pedagogia social circunscrev<strong>em</strong> o<br />
universo conhecido como educação não formal, as práticas educativas<br />
desenvolvidas por movimentos sociais, organizações não governamentais,<br />
programas e projeto sociais, sejam eles públicos ou privados (p. 15).<br />
Dentre tais práticas, ressaltam-se o movimento da Educação Social de Rua (ESR),<br />
o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) e os Centros de Defesa de<br />
Direitos da Criança e do Adolescente.<br />
Entre tais, é imprescindível referir-se também à Educação Popular, fundamentada<br />
por Paulo Freire. De acordo com Machado (2009), “Paulo Freire é um dos mais importantes<br />
representantes brasileiros da Pedagogia Social e sua obra é reconhecida internacionalmente<br />
nesta perspectiva” (p.140). Nota-se, no entanto, que, curiosamente, Freire nunca utilizou o<br />
termo “pedagogia social” <strong>em</strong> suas obras. Comprometido <strong>em</strong> colocar a educação a serviço da<br />
causa dos “esfarrapados do mundo” (FREIRE, 2005), <strong>em</strong> uma pedagogia intimamente<br />
relacionada com a visão marxista, Freire contribuiu para a alfabetização e a conscientização<br />
política de jovens e adultos operários. Em sua visão, todo ato pedagógico é um ato político.<br />
Assim, Freire (1996) trata sobre a necessidade dos sujeitos reconhecer<strong>em</strong>-se como<br />
seres condicionados, mas não determinados, isto é, perceber que a História é um t<strong>em</strong>po de