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Ribeiro (2009), referindo-se ao INAME 3 (2003), considera que, de certo modo, na
Europa, a proposta de uma Educação Social teve correspondência a uma Educação Especial,
no sentido de atender crianças e adolescentes que haviam perdido suas famílias na Segunda
Guerra Mundial e que precisavam de uma assistência educativa para poderem se readaptar à
nova situação de “sem-famílias”.
Na França, a Pedagogia Social, organizada após a Segunda Guerra Mundial,
associou-se ao atendimento das necessidades sociais. Pela proximidade, no sentindo espacial e
de contextos, teve considerável repercussão na Espanha, desenvolvendo-se em quatro
âmbitos: animação sociocultural, educação de adultos, pedagogia laboral e educação
especializada (MACHADO, 2009).
De acordo com Ventosa (1997, p.44), a animação sociocultural é definida como
“estratégias socioeducativas destinadas a desencadear processos auto-organizativos a nível
individual e grupal de promoção da Democracia Cultural”. O segundo âmbito, a educação de
adultos, como o próprio nome deixa claro, vem a ser a educação dirigida a adultos e tem como
objetivo facilitar a inserção ativa, crítica e responsável no meio social ao qual este pertencem,
tendo um caráter permanente.
A pedagogia laboral está relacionada com as práticas de formação para a
organização; formação ocupacional; programas de transição para a vida ativa; planos e
programas comunitários de qualificação e formação permanente dos membros colaboradores.
Por fim, a educação especializada corresponde à pedagogia social da inadaptação,
discriminação e exclusão social, como intervenções sócioeducativas em toxicodependências e
grupos com necessidades especiais.
Para o espanhol Jaüme Trilla (2003, p.28), o âmbito referencial da Pedagogia
Social estaria formado por todos aqueles processos educativos que compartilham, no mínimo,
dois dos três atributos seguintes:
1. dirigem-se prioritariamente ao desenvolvimento da sociabilidade dos
sujeitos;
2. têm como destinatários privilegiados indivíduos ou grupos em situação de
conflito social;
3 O INAME – Instituto Nacional do Menor – foi criado no Uruguai em 1988, lei nº 15.977, a fim de desenvolver
múltiplas funções em prol dos menores de idade. Este Instituto conta com um Centro de Formação e Estudos
com o propósito de melhorar as ações socioeducativas no âmbito da infância, adolescência e famílias,
produzindo materiais textuais para a área. Desde 2005, INAU – Instituto del Niño y Adolescente del Uruguay,
tem sido a nova denominação utilizada (http://www.inau.gub.uy/).