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potencial de acción del educador o educadora social con respecto a una
cierta tarea, situación o contexto del trabajo socioeducativo, que abarca el
conocimiento y las aptitudes intelectuales, manuales y sociales, así como las
actitudes y la motivación (ibdi., S/D, p.15).
A importância de se definir as competências do educador social está em capacitálo
para o enfrentamento de situações e acontecimentos próprios do seu campo profissional,
com iniciativa e responsabilidade e em parceria com outros profissionais.
Segundo Durand (1998, apud VIEIRA 2002), a competência é baseada em três
dimensões: Knowledge, Know-How and Attitudes (Conhecimento, Habilidade e Atitude). A
utilização, de forma estratégica, destas três dimensões da competência (representadas por suas
iniciais, CHA) faz com que melhores resultados sejam atingidos dentro de uma organização.
Rabaglio (2001) define significados para essas letras: „C‟ está ligado ao saber, ou
seja, conhecimentos adquiridos no decorrer da vida, nas escolas, universidades, cursos etc.;
„H‟ corresponde ao saber fazer: é a capacidade de realizar determinada tarefa, física ou
mental; „A‟ é o querer fazer: são os comportamentos que temos diante de situações do nosso
cotidiano e das tarefas que desenvolvemos no nosso dia-a-dia.
No caso dos educadores sociais que atuam junto a adolescentes infratores
privados de liberdade, há características peculiares nos espaços onde eles atuam que exigem o
desenvolvimento de um perfil próprio, ou seja, de competências específicas.
De forma intensa e extensa, trabalha-se junto a adolescentes que muitas vezes
estão sobrepujados de sentimentos de raiva, opressão, revolta, angústia, insatisfação, tristeza,
medo etc. Isto porque a privação da liberdade os afasta de um contexto habitual, do grupo
social. Ela gera, em alguns, uma abrupta abstinência de drogas e da prática sexual e os coloca
frente ao silêncio, à reflexão, à incerteza do futuro, a um novo grupo em que se estabelecem
diferentes relações de poder, o que pode desencadear comportamentos agressivos, hostis,
sedutores, dissimulados e ameaçadores.
Considerando ainda que a gestão das unidades de privação de liberdade é de
responsabilidade absoluta e intransferível do Estado, muitas dessas instituições, de uma
maneira geral, possuem problemas relacionados à infra-estrutura, ilegalidades nas atividades
oferecidas aos adolescentes e no quadro de funcionários, baixa remuneração salarial,
dificuldades de relacionamento enfrentadas pelos profissionais (monitores e técnicos), assim
como a falta de um projeto sociopedagógico vigente.