EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
126<br />
Tereza: aquele dia que nós dançamos aqui, grande parte do grupo não<br />
estava e foi um dia que acho que foi único, foi ímpar, né?<br />
Walter consente com a cabeça.<br />
Denise: Foi ótimo.<br />
Tereza: Porque até então a gente via UNI A, UNI B, escola... E aquele dia<br />
parece que [deu um estralo com os dedos] independente da música, você<br />
dançava... Então, parece que a gente fez esse movimento. Ninguém sabia<br />
que ia dançar aquele dia e você chega e [outro estralo]. E toda hora nós<br />
tínhamos que trocar de pares...<br />
Denise: Era um entrosamento.<br />
Tereza: Então aquele dia foi tão marcante que eu ainda pensei „que pena<br />
que as meninas não estão aqui‟. E naquele dia eu me senti grupo, porque<br />
não tinha aquela coisa separada... Esse dia foi integração mesmo...<br />
Assim, expondo as atividades do sétimo encontro, explicamos que a<br />
dramatização deveria ocorrer <strong>em</strong> uma instituição de internação, com o t<strong>em</strong>a “As Relações<br />
Interpessoais”. Os participantes decidiram conversar um pouco. Eles comentaram algumas<br />
das situações mais impactantes que haviam presenciado naquele ambiente: tentativas de<br />
fugas, morte de alguns adolescentes, confronto com os policiais.<br />
Ao iniciar<strong>em</strong> a construção da cena, Sandra disse “não me coloca como<br />
personag<strong>em</strong>” e então, Vanessa sugeriu para que ela auxiliasse Bruno na sonorização. Walter<br />
disse que não queria fazer algo que achasse fácil e decidiu ser o policial. Paula escolheu ser o<br />
adolescente, e justificou:<br />
“eu quero ser o adolescente, mas eu vou explicar o porquê. Eu quero ser o<br />
adolescente no momento que ele vivencia essa agressividade e que na<br />
verdade, quando chega na hora do atendimento, com a presença da equipe<br />
de segurança, ele omite a verdade, ele não fala. Mesmo que ele esteja<br />
arrebentado, roxo, machucado, ele não fala.” (Paula)<br />
Catarina foi escolhida para ser técnica e Vanessa disse que não queria fazer<br />
nenhum papel: “vou ficar só fiscalizando... Sou fiscal!”. Houve mais um t<strong>em</strong>po de preparação<br />
e então a apresentação começou, e os participantes se dividiram da seguinte forma: Vanessa e<br />
Bruno na sonorização; Paula como adolescente; Catarina como técnica, Sandra, gerente da<br />
instituição de internação; Tereza, monitora e Walter, policial.