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3. têm lugar em contextos ou por meios educativos não-formais.
Na Finlândia, as práticas que podem ser classificadas como sociopedagógicas já
existem há muito tempo, mas como área de formação, a Pedagogia Social é ainda recente. A
evolução nessa área deu-se no início nos anos 90 nas universidades e nas escolas equivalentes
a Escolas Superiores de Comércio e Tecnologia (ammattikorkeakoulu, em finlandês). Lena
Kurki e Juha Hämäläinen são nomes expressivos que vêm contribuindo com várias
publicações nessa área (RYYNÄNEN, 2009).
A Pedagogia Social na Itália aparece associada à ciência da Educação Social e
adquire uma forma própria, estando mais próxima da educação informal do que da não-formal
(CARO & GUZZO, 2004; CALIMAN, 2009). Afinal, o que pode ser considerado formal,
informal e não-formal? Para Caliman (2009), a instituição formal de Educação é aquela que
“atua tendo como base currículos oficiais que respondem às exigências de um percurso
formativo normal e cujos títulos são reconhecidos pelo governo” (p.58). Dessa forma, a
instituição não-formal pode ser compreendida por aquela que, não sendo exigidas
formalidades curriculares, se desenvolve para responder às necessidades das categorias em
desvantagem social. Por sua vez, a educação informal é entendida como a Educação não
intencional, exercida dentro das sociedades e de certos grupos, como a família.
Também sobre essa temática, Silva et al (2009) pontua o risco de vincular a
Educação Social aos termos não-formal e informal, sendo que se pode atribuir um caráter nãocientífico,
desqualificar o seu valor educacional e os profissionais envolvidos, bem como
afastar a historicidade de suas práticas, em suas dimensões históricas, culturais, políticas e
sociais. Nota-se que estes autores brasileiros recusaram-se a adotar em sua obra o termo
educação não-formal enquanto categoria classificatória.
É importante ressaltar também que, no âmbito acadêmico, a Itália possui um alto
nível de organização:
o ensino superior divide-se em três ciclos: o primeiro ciclo dura cerca de três
anos e corresponde ao mestrado (bacharelado). O segundo ciclo acrescenta
mais dois anos, dedicados ao mestrado (láurea). O terceiro ciclo corresponde
ao doutorado (2 a 3 anos). Assim, o primeiro ciclo tem objetivos de formar
educadores profissionais (educatori professionali), algo parecido com a
nossa licenciatura (CALIMAN, 2008, p.05).