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Pobreza e Desigualdades - O Laboratório - UFRJ

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104 | Coleção Coep Cidadania em Rede • nov 2008Brasília”. Segundo d. Mauro, realizar o encontro foi um grande desafio: “Trêsdias antes, eu não sabia como é que íamos pagar os custos de alimentação daqueleencontro. Houve muita pressão do governo, não do presidente Itamar,para suspender aquele encontro”. Apesar dos entraves, os dados positivos tambémsão lembrados: “Vivi algumas coisas memoráveis, por exemplo, participar emWashington, capital dos Estados Unidos, da grande marcha liderada por MartinLuther King e também da grande manifestação realizada no ABC paulista com100 mil mulheres e homens trabalhadores,com flores na mão e crianças no colo. Masa I CNSA foi muito especial”.Ainda sobre a conferência, d. Mauroafirma: “O que havia de mais aguerrido noBrasil estava naquele auditório: um pessoalmilitante, brigão pelas questões que importavamà cidadania, ao meio ambiente, à justiça social, à questão indígena, à questãodo povo negro. Ainda assim, Itamar Franco foi recebido com o maior respeito,mesmo vindo de um governo tão polêmico e em uma situação tão complexa.Um momento muito bonito, muito especial para a democracia”.Gleyse Peiter, do COEP, ressalta mais uma vez a integração entre as instâncias:“O Consea organizou a I CNSA e teve um grande apoio do COEP. Mobilizamosvárias associadas a fim de obter os recursos financeiros para realizar a conferência.Também preparamos um documento sobre o tema da segurança alimentarque foi totalmente absorvido pelo relatório final da conferência”.Tânia Bacelar, que também participou da I CNSA, aponta novamente parauma inovação: “A conferência deu mais legitimidade à ação que vinha sendoconstruída. Gerou novas propostas. Manteve o tema na agenda prioritária para aação das políticas públicas. A articulação de entes tão diferentes era um desafio”.Silvio Caccia Bava, diretor do Instituto Pólis, complementa: “A I CNSA foi aexpressão de que os movimentos sociais e a mobilização da cidadania encontravameco nas instituições e no governo, que passou a tratar a segurança alimentarcomo um direito”. Para Ronaldo Coutinho Garcia, “a conferência logrou fazerPara Tânia Bacelar, a I CNSA deu maislegitimidade à ação que vinha sendoconstruída e gerou novas propostas

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