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Pobreza e Desigualdades - O Laboratório - UFRJ

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democracia se faz com participação | 151Para Sérgio Haddad, são dois resultados mais significativos do FSM: a construçãode um novo processo político, uma frente internacional de entidades emovimentos da sociedade civil contra as políticas neoliberais e o modelo de globalizaçãoeconômica atual; e o método de articulação e diálogo desse movimento,de caráter inovador quanto aos seus mecanismos participativos e democráticos.Oded Grajew acredita que a própria realização do FSM é em si mesma um resultado:“um primeiro avanço foi o próprio fato de ele ter sido constituído, criado.Depois, é preciso pensar como um processo. O modelo neoliberal, do mercado livre,não acabou totalmente. Mas é bom olhar como era o mundo naquela época e mostrarcomo ele é hoje. O mapa político da América Latina era completamente diferente.Veja os presidentes daquela época e veja os atuais. Vários presidentes que estãohoje no poder eram freqüentadores assíduos do Fórum”. Segundo Oded, difícil éexplicar a natureza do Fórum Social Mundial: “Ele não é uma ONG, não é um atorpolítico, mas é um espaço que, também, é um processo. O que faz as coisas aconteceremsão as organizações que fazem parte do Fórum Social Mundial e se articulamnele”. Ele aponta outra dificuldade, que é também um desafio: a expansão mundialdo processo. “Já fomos à Índia e à África, mas nosso maior desafio é fazer o FórumSocial Mundial realmente se expandir pelo mundo”, ele explica. Sérgio Haddadcomplementa: “Entendo que os desafios atuais são completar o seu processo deexpansão em regiões ainda com pouca presença como o Leste Europeu, os EstadosUnidos e setores da Ásia, e dar maior efetividade às propostas produzidas no processodo FSM por meio de estratégias de articulação e intervenção social”.DesafiosPara Maria Luisa Mendonça, que é jornalista e tem uma longa trajetória internacionalde luta pelos direitos humanos, a maior dificuldade é romper cominteresses econômicos, de empresas e governos, que tentam usar o FSM parase promoverem. “É muito importante que o FSM volte realmente a ser umespaço de mobilização e articulação de movimentos sociais, e não se torne umaespécie de ‘indústria’ ou uma forma de promover turismo social”, defende.

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