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Pobreza e Desigualdades - O Laboratório - UFRJ

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150 | Coleção Coep Cidadania em Rede • nov 2008Nova cultura políticaChico Whitaker, que continua a integrar o conselho internacional do FSM,acredita que o “processo FSM constitui – até hoje – uma criação contínua denovos métodos, ocasiões e instrumentos para que as organizações da sociedadecivil possam se articular e se unir cada vez mais, como um novo ator políticoautônomo em relação a partidos e governos, voltado para a construção do outromundo possível”. Para ele, o FSM tem conseguido avanços a cada ano: “Emergemnão somente novas iniciativas de ação, mas também uma experimentaçãode práticas que apontam para uma nova cultura política, baseada na horizontalidadedas relações e no respeito à diversidade. Multiplicam-se os espaços – local,nacional, regional ou mundialmente – em que surgem novas redes de atuaçãoconjunta, cuja eficácia transformadora encontra, pouco a pouco, seus caminhos”,acredita.Nas palavras de Jorge Eduardo Durão, da Federação de Órgãos para AssistênciaSocial e Educacional (Fase), “o FSM foi uma janela que se abriu e atravésda qual todos nós começamos a respirar, depois de anos de predomínio do pensamentoúnico que acompanhou a hegemonia da globalização neoliberal”. Comoresultado, Jorge aponta a identificação de uma agenda comum dos movimentosque questionam os impactos destrutivos do capitalismo globalizado: “O FSMfavoreceu mobilizações de milhões de pessoas em todo o mundo – como ocorreuem 2003 antes de ser desfechada a guerra contra o Iraque – e propiciou um intensodiálogo intercultural e de uma enorme gama de forças políticas”.Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais eEconômicas (Ibase) e membro do conselho internacional do FSM, tambémaponta mais avanços: “Perdeu-se a conta da quantidade de eventos e milhõesmobilizados. Mesmo reconhecendo vazios de FSM pelo globo, o fato é que estamosredesenhando o mapa-múndi, que passa de sua visão eurocêntrica, com adominância do Norte desenvolvido, para algo mais próximo dos povos e culturasdiversas que dão vida ao mundo, onde o PIB conta menos do que a densidade demovimentos e organizações sociais participantes”.

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