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Pobreza e Desigualdades - O Laboratório - UFRJ

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40 | Coleção Coep Cidadania em Rede • nov 200813 Vale ressaltar que aexpressão “redes sociais”usada para denominarambientes virtuais ousoftwares de relacionamentosinterpessoais(tipo Orkut e MySpace),que vêm se transformandoem um grande negóciocorporativo, tem umsentido diverso das redessociais do mundo real edas redes de mobilizaçãosocial que utilizam ainternet como ferramentade articulação e ativismo.14 Software colaborativoque permite a edição coletivade documentos parapublicação imediata naweb, incluindo hiperlinksinternos e externos, cujaprincipal aplicação é aWikipédia (http://pt.wikipedia.org/).15 Ver http://belemjaneiro2008.blogspot.com.Acesso em: 25 jun. 2008.16 Um padrão de páginada web cujas atualizações(chamadas posts) são organizadascronologicamente,da mais atual para a maisantiga. Originalmentedenominado weblog, possuium formato pré-estruturadoque dispensa conhecimentotécnico deedição pelos usuários, emborasua interface venhase sofisticando desde a suacriação por Jorn Barger,em 1997.humanistas; o pluralismo organizacional e ideológico; e as intervenções nas políticaspúblicas e na lógica excludente do mercado. 13O caso exemplar dessas redes é o Fórum Social Mundial (FSM), que, desde2001, vem demonstrando, na prática, o papel exponenciador das tecnologias dainformação e da comunicação (TICs) para as relações de entrelaçamento e deinterconexão apontadas no início deste artigo. Não se trata mais, apenas, dacomunicação a distância mediada por computador idealizada pelos pioneirosda internet. Trata-se de convergência e integração de variadas formas de processamentode informação, expressão do pensamento, difusão de ações e divulgaçãode acontecimentos.A plataforma de ativismo social participativo OpenFSM (http://www.openfsm.net/), baseada na tecnologia wiki, 14 visa transformar o FSM em umprocesso contínuo, de forma a facilitar a alternância de metodologias de açãoque vêm sendo experimentadas desde o evento centralizado que caracterizouos primeiros cinco anos sediados em Porto Alegre (2001–2005): a realizaçãopolicêntrica de 2006 (com fóruns em três cidades das regiões com maior concentraçãode pobres no mundo: África, Ásia e América Latina); o deslocamentodo evento centralizado para a África (Nairóbi, em 2007); a descentralizaçãoabsoluta, com a instituição da Semana de Mobilização e do Dia de Ação Globalem 2008, durante os quais foram realizadas cerca de 800 atividades e açõesautogestionadas em 80 países; e o retorno ao evento concentrado no Brasil,desta vez com um enfoque pan-amazônico, em 2009. Em todas essas táticas,mantém-se como referencial comum “o contraponto com o Fórum EconômicoMundial, que ocorre sempre em janeiro em Davos, Suíça, para aprofundar aprática da dominação mundial pelo capital neoliberal”. 15Mais recentemente, o blog 16 vem sendo utilizado como recurso complementardo processo de organização e divulgação das atividades coordenadaspelo comitê organizador do ano e, também, como meio de comunicação dosparticipantes para expressar seus diferentes pontos de vista sobre as iniciativase desdobramentos do FSM. Assim, substituem os velhos informativos em papel,com algumas vantagens agregadas: imediatismo na narrativa dos acontecimentos

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