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Pobreza e Desigualdades - O Laboratório - UFRJ

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uma onda de cidadania | 119Depois de uma atuação de destaqueno Consea, você também participoudo Comunidade Solidária, criado em1995. Por favor, comente sobre essaparticipação.Anna Peliano – Eu já me dedicava, antesdo Consea, ao tema da fome. Entrei noInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada(Ipea), em 1975, para participar da elaboraçãodo II Programa Nacional de Alimentaçãoe Nutrição (Pronan) e, depois,acompanhei sua implementação. Na UnB,tinha coordenado o Núcleo de Estudosda Fome, onde desenvolvemos diversas atividades,inclusive a edição de um jornal –Fome em Debate – com tiragem de 40 milexemplares distribuídos dentro e fora doBrasil. Esse jornal já refletia a preocupaçãocom a mobilização política em torno dotema. Em 1990, numa de suas edições,fizemos entrevistas com os então candidatosà Presidência da República para queapontassem, se eleitos, quais seriam asmedidas que adotariam para combater afome no país.A participação no Consea agregou novasexperiências, sobretudo de articulaçãogoverno e sociedade civil. Eu acreditava,após dois anos de trabalho numa espéciede secretaria executiva “informal” do Consea,que era fundamental institucionalizar umainstância operacional. Essa era uma avaliaçãodo Consea em geral, além daquelaque recomendava sua continuidade.Após a eleição do presidente FernandoHenrique, fui chamada pelo futuro ministroPaulo Renato – que coordenava, natransição, o programa do novo governo –para discutir uma proposta para a áreasocial. Não o conhecia pessoalmente e, nanossa primeira reunião, fui informada deque a nova iniciativa já tinha até nome:Comunidade Solidária. Conforme compromissode campanha, seria uma intervençãode combate à pobreza e aproveitariaa experiência do Consea. Mas o tema centralseria a pobreza, pois não se combate afome sem combater a pobreza, que é maiordo que a fome. E o programa ComunidadeSolidária teria essa dimensão. Então, eleme convidou para participar do grupo quedesenharia o programa e, no fim, acabeisendo convidada para assumir a sua secretariaexecutiva.Qual foi sua reação como defensorahistórica do tema da fome?Anna Peliano – Sempre trabalhei o temada fome como uma manifestação socialda pobreza. No Ipea, desde meados dadécada de 70, nossos estudos e propostasde programas já apontavam as relações

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