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Pobreza e Desigualdades - O Laboratório - UFRJ

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68 | Coleção Coep Cidadania em Rede • nov 2008A opinião do consultor de empresas Alfredo Laufer, que atuou na Ação daCidadania, aponta para um conflito ideológico. “Por causa da grande carênciada nossa sociedade, vejo que houve um esforço para que o movimento alcançasseuma questão maior, mas a verdade é que, infelizmente, ficou preso a uma questãomenor. Existe, até hoje, uma massa de pessoas em que a carência não é apenasalimentar. Existe uma outra carência que étão profunda quanto a fome, que é a carênciada auto-estima. A Ação da Cidadania provocouo surgimento de comitês, acreditandoque a transformação maior seria essa organizaçãopolítica. Mas havia um conflito entreo que imaginávamos que deveria ser feito eo que acontece na realidade das pessoas que estavam à frente dos comitês. Numdeterminado momento, nosso sonho era muito superior às dimensões da práticada realidade cotidiana.”Essas considerações, no entanto, não impedem o reconhecimento da importânciado movimento. “Criou-se, no país, uma consciência difusa de que a fomeé inaceitável. A Ação da Cidadania contribuiu para a criação do Consea e para osurgimento dos programas governamentais de transferência de renda aos segmentosmais vulneráveis da população. Mas não representou um marco de transformaçãosocial na superação das desigualdades”, destaca Jorge Eduardo Durão.Para Alfredo Laufer, é importante reconhecer outro tipo de avanço: “Vejo umarelação desse envolvimento de empresas na Ação da Cidadania com o surgimento,posteriormente, do pensamento da responsabilidade social das empresas. Nãoacredito que o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal estivessem apenasquerendo usar o marketing social. O próprio COEP, com suas entidades associadas,é outro avanço proporcionado pela Ação da Cidadania. Esse vetor deresponsabilidade social das empresas passa a ser uma necessidade para todas asempresas – pequenas, médias ou grandes. Quando dou aula sobre planos denegócios, 15 anos depois de tudo isso ter começado, não há um aluno que nãoqueira introduzir uma política de responsabilidade social em sua empresa”.Para o Alfredo Laufer, existe uma massa depessoas em que a carência não é apenasalimentar, é a carência da auto-estima

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