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Pobreza e Desigualdades - O Laboratório - UFRJ

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152 | Coleção Coep Cidadania em Rede • nov 2008A Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, embora pouco conhecida noBrasil, esteve presente nas articulações continentais e mundiais de luta contra aOMC, a Alca, o controle da Base de Alcântara pelos Estados Unidos, as políticasdo Banco Mundial e do FMI. Maria Luisa explica como atua: “Procuramosrelacionar a luta cotidiana de defesa dos direitos humanos com políticas macroeconômicasgeradoras das desigualdades e das violações de direitos básicos.Lutamos pela reforma agrária, pela defesa da agricultura camponesa e pelasoberania alimentar”.O teólogo Leonardo Boff, que participou das mais significativas edições doFSM, reconhece que há um temor de que o Fórum gere um centralismo e acúmulode poder num pequeno grupo. Mas, para ele, isso é um equívoco: “O temor doserros do passado, especialmente do socialismo e das esquerdas, não nos deveinvalidar os meios que garantem eficácia e que podem constituir um antipoderao poder imperial”. Para ele, a ausência de uma centralização funcional está setransformando em democratismo, o que acaba imobilizando os encontros e acontinuidade do processo FSM. Jorge Eduardo Durão vê dificuldades do mesmoteor: “Conciliar a dimensão de espaço aberto e plural, que não tem dono, coma necessidade de assegurar maior coordenação política e prática às lutas domovimento altermundialista. O excesso de ‘purismo’ na defesa dos princípiosdo FSM acaba se transformando num fator de imobilismo e esterilização”.Chico Whitaker segue a mesma linha: “A maior dificuldade que esse processoenfrentou desde seu início foi a pressão para que os Fóruns deixassem de serespaços abertos para se transformarem em eventos de um movimento políticocom objetivos, militantes e programas próprios. Isso terminaria por impedir suaexpansão e enraizamento para incluir, cada vez mais, setores e lutas da sociedadecivil. Com esse risco hoje quase superado, o desafio agora – e cada vez mais – écriar condições efetivas, nos Fóruns e nos instrumentos de articulação que vãosendo criados, para que seus participantes construam alianças em torno de objetivosconcretos e desenvolvam ações realmente transformadoras”.Cândido Grzybowski acredita que, como espaço aberto, é natural que oFSM comporte convergências e divergências. Para o diretor do Ibase, “planos

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