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Pobreza e Desigualdades - O Laboratório - UFRJ

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democracia se faz com participação | 1492003 e 2005). Considerei, naquela ocasião, que a proposta de Oded Grajew – queteve, em 2000, a idéia de promover um Fórum Social Mundial como um contrapontoao Fórum Econômico Mundial de Davos – era extremamente oportuna, naperspectiva de reforçar as primeiras resistências à imposição de uma globalização aserviço do capital que emergiam depois da queda do Muro de Berlim (zapatistas,Seattle, manifestações contra o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional– FMI e a Organização Mundial do Comércio – OMC)”.Sérgio Haddad, diretor da ONG Ação Educativa, também fez parte dessemomento inicial do FSM. Ele recorda: “Na oportunidade, eu estava ocupandoa presidência da Abong (Associação Brasileira de ONGs), e a motivação maiorfoi a de poder ajudar a constituir um processo político que pudesse articularatores sociais que tradicionalmente não se encontravam na mesma cena pública,de uma forma nova e articulada, mais horizontal, construída a partir desses própriosatores”. Para Haddad, “construir algo novo em uma cultura política tradicional,na qual o verticalismo, o ‘vanguardismo’ e o autoritarismo são práticascorrentes” tem sido a maior dificuldade ao longo da existência do FSM. Masnão é a única. Sérgio também aponta a dificuldade de constituir um processointernacional que leve em conta diferentes atores, culturas, condições socioeconômicase ambientais, além da natureza das organizações e missões: “É umprocesso que andou muito rápido pelos seus desafios, mas que, ao mesmo tempo,exige tempo para a sua consolidação”.Maria Luisa Mendonça, da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos,integra o FSM desde o seu início. Ela acredita que o Fórum se converteu numespaço importante de articulação e numa referência na luta contra o neoliberalismo:“O mais importante é que geramos um modelo que se multiplicou emmuitos países, nos fóruns locais, regionais, continentais e temáticos. A lista deatividades geradas a partir do FSM é imensa, além de reforçar muitas campanhassobre temas como a luta contra a guerra, contra a dívida externa, a Alca[Área de Livre-Comércio das Américas] e os TLCs [tratados de livre-comércio],as articulações em defesa do meio ambiente, dos direitos humanos, da soberaniaalimentar, entre outras”.

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