T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná
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O Concilio Vaticano II redireciona de mo<strong>do</strong> marcante, de um la<strong>do</strong>, as<br />
estratégias da Igreja Católica frente à secularização <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e de outro, com maior<br />
relevo, o problema da fragmentação <strong>do</strong> Cristianismo.<br />
"A solicitude para instaurar a união se impõe a toda Igreja, tanto aos fiéis<br />
como aos pastores e afeta a cada um em particular, de acor<strong>do</strong> com sua capacidade,<br />
quer na vida cristã cotidiana, quer nas investigações teológicas e históricas."<br />
(Decreto Unitatis Redintegratio in Compêndio <strong>do</strong> Vaticano II, 2000, p. 317)<br />
A fronteira <strong>do</strong> ecumenismo católico, que sofre um processo de<br />
consolidação a partir <strong>do</strong>s anos setenta, se apresenta como uma faceta <strong>do</strong> novo<br />
contexto da religião diante da própria História <strong>do</strong> Ocidente.<br />
Há de se duvidar da dicotomía entre tradição e mudança. O pensamento<br />
ocidental profusamente sistemático pressupõe a idéia processual nos pares lógicos<br />
e ontológicos da própria historicidade <strong>do</strong> fato. Reconhecemos, na verdade,<br />
patamares de equilíbrio que caracterizam determina<strong>do</strong>s contextos.<br />
A fronteira <strong>do</strong> ecumenismo católico reveste-se de um novo espaço cultural<br />
de prática <strong>do</strong> sagra<strong>do</strong>. Não desprega-se <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, mas sem dúvida marca uma<br />
descontinu idade em relação a contextos anteriores.<br />
Quan<strong>do</strong> a Igreja Católica define a fronteira <strong>do</strong> ecumenismo não esquece o<br />
passa<strong>do</strong>, mas conclama este para legitimar o seu discurso, marcan<strong>do</strong> as fronteiras<br />
da ação ecumênica e resguardan<strong>do</strong> a prerrogativa de gestão <strong>do</strong> sagra<strong>do</strong>.<br />
"...Este Sacrossanto Síno<strong>do</strong> exorta os fiéis a se absterem de qualquer zelo<br />
superficial ou imprudente que possa prejudicar o verdadeiro progresso da unidade.<br />
Pois sua ação ecumênica não pode ser senão plena e sinceramente católica..." (<br />
Decreto Unitatis Redintegratio in Compêndio <strong>do</strong> Vaticano II, 2000, p. 331)<br />
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