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T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná

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Esta relação de poder se faz como representação social e constitui a<br />

territorialidade católica. Estes aspectos são, portanto, o quadro de referência<br />

peculiar à dinâmica histórica que sustenta uma determinada teia de relações<br />

projetadas para o futuro.<br />

Os procedimentos meto<strong>do</strong>lógicos a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s correspondem inicialmente a<br />

uma desconstrução <strong>do</strong> discurso oficial da Igreja, contextualiza<strong>do</strong> e interpreta<strong>do</strong> sob<br />

o arcabouço teórico erigi<strong>do</strong> no primeiro capítulo. Em um segun<strong>do</strong> momento, a partir<br />

das fontes primárias pesquisadas, edificamos um sistema de informações através de<br />

técnicas estatísticas e gráficas pelas quais elaboramos a análise da base material da<br />

instituição Igreja. A interpenetração destes <strong>do</strong>is procedimentos coligi<strong>do</strong>s constitui o<br />

ritmo e integridade da pesquisa.<br />

O plano discursivo é analisa<strong>do</strong> em consonância com a materialidade das<br />

práticas da instituição Igreja. Esta perspectiva de análise foi projetada em uma<br />

interpretação culturalista da concepção de história <strong>do</strong> espaço em LEFÉBVRE (1991)<br />

e nas possibilidades de uma história das representações em CHARTIER (1991).<br />

Portanto as diversas formas de apropriação <strong>do</strong> discurso e sua interpretação foram<br />

confrontadas com a materialidade da prática espacial de seus conteú<strong>do</strong>s simbólicos<br />

e galvanizadas pela análise das relações de poder.<br />

O último quartel o século XX demonstra uma crise da representação<br />

<strong>do</strong>minante da Igreja Católica Romana e sua restruturação no Brasil. A conjuntura<br />

secularizante da base de sustentação da Sé Romana na Europa e a retração no<br />

espírito missionário da Igreja, em outras partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> contabilizaram uma certa<br />

estagnação <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio simbólico da Igreja em especial nos países de maioria<br />

católica. Com efeito, o pluralismo religioso <strong>do</strong>s grandes centros urbanos cunhou uma<br />

nova realidade no Brasil, baseada em um crescente questionamento <strong>do</strong> mito <strong>do</strong><br />

Brasil católico. A emergência de movimentos religiosos pentecostais e<br />

neopentecostais, em primeira instância, representou nas décadas de 1980 e 1990<br />

um impacto considerável na forma pela qual a religiosidade popular redefiniu sua<br />

identidade religiosa.<br />

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