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T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná

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Neste senti<strong>do</strong>, o cotidiano se expressa em espaços de representação. As<br />

representações <strong>do</strong> espaço e <strong>do</strong> tempo fazem da história das idéias - da filosofia, da<br />

religião e da ética. O desenvolvimento desta história articula as condições <strong>do</strong> tempo<br />

em redes, que, por sua vez, estão subordinadas às estruturas políticas. A história <strong>do</strong><br />

espaço não se assenta na idéia de processo histórico, nem tampouco na<br />

compreensão de transformações estruturais que, em ultima análise, caracterizam os<br />

eventos e as instituições.<br />

Na análise de LEFÉBVRE (1991, p. 117)<br />

The history of space <strong>do</strong>es not have to choose between 'processes' and 'structures',<br />

change and invariability, events and institutions, its periodizations, moreover, will differ<br />

from generally accepted ones. Naturally, the history of space should not be distanced in<br />

any way from the. history of time ( a history clearly distinct from'all philosophical theories of<br />

time in general). The departure point for this history of space is not to be found in<br />

geographical descriptions of natural space, but rather in the study of natural rhythms, and<br />

of the modification of those rhythms and their inscription in space by means of human<br />

actions, especially work-related actions. It begins, then, with the spatio-temporal rhythms of<br />

nature as transformed by a social practice. 19<br />

A prática mental e social <strong>do</strong> homem imprime transformações na natureza<br />

que, através <strong>do</strong> entrelaçamento das relações sociais, configuram uma particular<br />

representação <strong>do</strong> espaço. Por outro la<strong>do</strong>, a ação simbólica aponta para um espaço<br />

de representação. Cabe asseverar que espaço e tempo não são inseparáveis, mas<br />

um implica o outro.<br />

19 (tradução livre) "A história <strong>do</strong> espaço não tem que escolher entre ' processos' e<br />

'estruturas', mudança e invariabilidade, eventos e instituições. Suas periodizações, além disso,<br />

diferirão das que geralmente são aceitas. Naturalmente, a história <strong>do</strong> espaço não deveria ser<br />

distanciada de maneira alguma, da história <strong>do</strong> tempo ( um história claramente distinta de todas as<br />

teorias filosóficas <strong>do</strong> tempo, em geral). O ponto de partida desta história <strong>do</strong> espaço não será<br />

encontrada nas descrições geográficas <strong>do</strong> espaço natural, mas no estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s ritmos naturais e da<br />

modificação destes ritmos e sua inscrição no espaço por meio das àções humanas, especialmente<br />

ações relacionadas ao trabalho. Inicia-se, então, com os ritmos espaço-temporais da natureza<br />

transforma<strong>do</strong>s pela prática social" (LEFÉBVRE, 1991, p. 117)<br />

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