T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná
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cultural. Medellín reconhece a religiosidade popular e busca<br />
legitimá-la como tradição e redimensioná-la como potencial de fé<br />
cristã. "Ao julgar a religiosidade popular, não podemos partir de<br />
uma interpretação cultural ocidentalizada das classes média e alta<br />
urbanas e sim <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> que essa religiosidade tem no contexto<br />
da subcultura <strong>do</strong>s grupos rurais e urbanos marginaliza<strong>do</strong>s 26 ."<br />
(Medellín apud Dom Cândi<strong>do</strong> PADIN 1999 p.65)<br />
• as elites sociais identificadas com os grupos dirigentes, políticos e<br />
militares de mo<strong>do</strong> geral, as lideranças em vários campos<br />
profissionais, artísticos e intelectuais e os grupos <strong>do</strong>minantes em<br />
nível socioeconómico. Nesta denominação, Medellín classificas os<br />
grupos <strong>do</strong>minantes em conserva<strong>do</strong>res, esquerdistas e<br />
desenvolvimentistas.<br />
A recomendação pastoral de Medellín para as elites busca a mobilização<br />
de minorias comprometidas.<br />
Em to<strong>do</strong>s esses ambientes, a evangelização deve orientar-se para formação de uma fé<br />
pessoal, adulta, interiormente formada, operante e constantemente em confronto com os<br />
desafios da vida atual nesta fase de transição. Esta evangelização deve ser relacionada<br />
com os 'sinais <strong>do</strong>s tempos'. Não pode ser a-temporal nem a-histórica. Com efeito, os<br />
sinais <strong>do</strong>s tempos', que em nosso continente se manifestam sobretu<strong>do</strong> na área social,<br />
constituem um 'lugar teológico' e de interpelações de Deus... A evangelização de que<br />
estamos falan<strong>do</strong> deve tornar explícitos os valores de justiça e fraternidade, conti<strong>do</strong>s nas<br />
aspirações de nossos povos, numa perspectiva escatológica. A evangelização precisa,<br />
como suporte, de uma Igreja Sinal, (Medellín apud Don Cândi<strong>do</strong> PADIN, 1999, p.71)<br />
26<br />
A noção apresentada de marginaliza<strong>do</strong>s refere-se a grupos de classes sociais<br />
populares que mantêm uma religiosidade ancestral.<br />
"Suas expressões podem estar deformadas e mescladas, em certa medida, com um<br />
patrimônio religioso ancestral, onde a tradição exerce um poder quase tirânico; correm o perigo de<br />
serem facilmente influenciadas por práticas mágicas e supersticiosas, de revelarem um caráter mais<br />
utilitário e um certo temor ao divino, que necessita da intervenção de seres mais próximos ao homem<br />
e de expressões mais plásticas e concretas." (Medellín. cap. 06 Pastoral das Massas, I, § 14.)<br />
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