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T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná

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São tempos construí<strong>do</strong>s pelo discurso que se apresentam na realidade<br />

cotidiana provocan<strong>do</strong> as rupturas qualitativas onde discernimos o sagra<strong>do</strong>. É um<br />

tempo liga<strong>do</strong> ao contexto das ações simbólicas que nos fazem articular a outras<br />

dimensões de imanência e transcendência. São também metáforas estruturadas que<br />

reúnem as pessoas nas práticas rituais religiosas.<br />

1.3 - FORMAÇÃO DA IDENTIDADE RELIGIOSA<br />

A identidade religiosa é uma construção histórico-cultural socialmente<br />

reconhecível <strong>do</strong> sentimento de pertença religiosa. Como a identidade é um processo<br />

de construção social com base em atributos culturais (CASTELLS, 1997), possui<br />

uma dimensão individual e outra coletiva. Sob esta perspectiva, podemos<br />

reconhecer que a auto-representação pode estar em contradição com a ação social.<br />

Isto se deve à pluralidade das representações e, por conseguinte, das identidades<br />

possíveis.<br />

A identidade católica, por exemplo, constrói-se a partir da representação<br />

institucional, da prática ritual e <strong>do</strong>s atos de consagração. No entanto, uma Igreja de<br />

constituição recente, de uma carência simbólica, ritual e de prática religiosa flexível<br />

ainda não pode definir seu perfil de identidade, pois este está condiciona<strong>do</strong> a uma<br />

determinada temporalidade e espacialidade, e perpassa o reconhecimento<br />

institucional da religião. Já o conceito de pertença, permite um reconhecimento não<br />

necessariamente institucional da opção religiosa. O primeiro refere-se ao uma<br />

imagem institucional necessária; demonstra a materialidade da religião e a<br />

representação pela qual o indivíduo e o grupo se identificam.<br />

Todavia, ao destacarmos a identidade religiosa também estamos diante de<br />

uma construção que remete à materialidade histórica, à memória coletiva, à<br />

espacialidade da própria revelação religiosa processada sob determinada cultura.<br />

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