11.04.2013 Views

T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná

T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná

T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Nestes dez anos quanto caminhou a humanidade e com a humanidade e a seu serviço,<br />

quanto caminhou a Igreja! Esta III Conferência não pode desconhecer esta realidade.<br />

Deverá, pois, tomar como ponto de partida as conclusões de Medellín, com tu<strong>do</strong> o que<br />

tem de positivo, mas sem ignorar as incorretas interpretações por vezes feitas e que<br />

exigem sereno discernimento, oportuna crítica e claras tomadas de posição." (S.S. JOÃO<br />

PAULO II DISCURSO INAUGURAL PRONUNCIADO NO SEMINÁRIO PALAFOXIANO<br />

DE PUEBLA DE LOS ANGELES, MÉXICO 28 de janeiro de 1979, § 04-05).<br />

No mesmo <strong>do</strong>cumento, João Paulo II enfatiza a "pureza da <strong>do</strong>utrina" e a<br />

fidelidade à Igreja Universal, e de caráter mais direto aos problemas <strong>do</strong> contexto<br />

político <strong>do</strong> continente ele afirma:<br />

"Não é, pois, por oportunismo, nem por afã de novidade que a Igreja, "perita em<br />

humanidade" (Paulo VI Discurso na ONU, 5.10.1975), é defensora <strong>do</strong>s direitos humanos.<br />

É por um autêntico compromisso evangélico, o qual, como sucedeu com Cristo, é,<br />

sobretu<strong>do</strong>, compromisso com os mais necessita<strong>do</strong>s.<br />

Fiel a este compromisso, a Igreja quer manter-se livre diante <strong>do</strong>s sistemas opostos para<br />

optar só pelo homem. Quaisquer que sejam as misérias ou sofrimentos que aflijam ao<br />

homem; não através da violência <strong>do</strong>s jogos <strong>do</strong> poder, <strong>do</strong>s sistemas políticos, mas por<br />

meio da verdade sobre o homem, caminha para um futuro melhor." (S.S. JOÃO PAULO II<br />

DISCURSO INAUGURAL PRONUNCIADO NO SEMINÁRIO PALAFOXIANO DE PUEBLA<br />

DE LOS ANGELES, MÉXICO 28 de janeiro de 1979 3.3§).<br />

O contramovimento externaliza<strong>do</strong> pelo Papa João Paulo II em seu discurso<br />

inaugural estigmatiza os destinos da Conferência de Puebla e demonstra de mo<strong>do</strong><br />

marcante a nova rede de relações de poder que redefinirá as territorialidades<br />

recentes da Igreja.<br />

Neste aspecto, analisamos Puebla como um contraponto em relação ao<br />

Vaticano II, e particularmente, Medellín.<br />

A mudança das relações entre as formações discursivas de cada rede com<br />

os <strong>do</strong>mínios não-discursivos se expressa notadamente entre Medellín e Puebla.<br />

A exemplo, a instalação <strong>do</strong> CELAM em 1955 foi contemporânea de um<br />

certo número de circunstâncias políticas, econômicas e institucionais. Contu<strong>do</strong>, o<br />

nosso nível de análise reconhece o discurso e a simbolização como efeitos de uma<br />

leitura que se pretende global em busca de analogias formais.<br />

126

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!