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T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná

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Os sacramentos são instrumentos simbólicos da identidade católica. A<br />

prática sacramental representa tanto uma identidade religiosa como também uma<br />

tradição cultural. O batismo, a 1 a comunhão e o matrimonio possuem este caráter<br />

tradicional mais presente, enquanto a crisma já demonstra um envolvimento maior<br />

com a dimensão religiosa <strong>do</strong> catolicismo por ser um sacramento de pouca evidência.<br />

A dinâmica <strong>do</strong> batismo revela, em Curitiba, ca rater ísticas quase de<br />

estagnação nas paróquias consideradas da capital, e de modesta ascensão nas <strong>do</strong><br />

interior <strong>do</strong> território da Arquidiocese. 36 Verifica-se, em números absolutos, pouca<br />

variação a partir de 1986.<br />

Muito embora o batismo, sob o ponto de vista simbólico, demostre uma das<br />

facetas hegemônicas <strong>do</strong> catolicismo, ele é impreciso quanto à referência de pertença<br />

religiosa a longo prazo. Dois caminhos podemos a<strong>do</strong>tar: considerar que a<br />

estagnação <strong>do</strong> número de batiza<strong>do</strong>s é um reflexo <strong>do</strong> processo de secularização ou<br />

da intensificação de mudança da relação de pertença religiosa da população.<br />

Matrimônio, crisma e 1 a comunhão apresentam variações semelhantes<br />

com um declínio maior <strong>do</strong> número de matrimônios nas paróquias da capital. Nas<br />

paróquias <strong>do</strong> interior as práticas sacramentais revelam ascensão. Todavia, temos de<br />

relativizar a afirmação de que as paróquias consideradas <strong>do</strong> interior possuem uma<br />

prática sacramentai mais efetiva. Esta premissa, muito presente no discurso secular,<br />

estaria ligada a uma postura tradicionalista <strong>do</strong> interior face à modernidade da capital.<br />

Contu<strong>do</strong>, Curitiba demonstrou uma maior marginalização espacia? 1 de sua<br />

população, principalmente a partir da década de 1980. Esta tendência revela<br />

também uma concentração de população mais pobre na periferia em face <strong>do</strong><br />

36 A distinção entre paróquias <strong>do</strong> interior e da capital é uma distinção feita pela Cúria<br />

Metropolitana de Curitiba (figura 14).<br />

37 Marginalização espacial no senti<strong>do</strong> de exclusão das camadas populares da população<br />

para a periferia <strong>do</strong> município. Isto se deve a uma série de políticas urbanas, <strong>do</strong> processo de<br />

valorização <strong>do</strong> solo urbano e especulação imobiliária.<br />

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